Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Busolli, Jonathan
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Orientador(a): |
Laroque, Luís Fernando da Silva
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PPGAD;Ambiente e Desenvolvimento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10737/2470
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Resumo: |
As áreas de planalto da região sul do Brasil, cobertas em grande parte por florestas de Araucária constituem-se em espaços de tradicional ocupação de populações Kaingang, cujos territórios se expandem por áreas entre a Bacia Hidrográfica do Rio Tietê, no estado de São Paulo e os territórios limítrofes ao delta do Rio Jacuí, no estado do Rio Grande do Sul. Mesmo expulsos de seus tradicionais espaços territoriais a partir de meados do século XVIII e durante século XIX, os Kaingang jamais deixaram de circular por seus territórios e, sobretudo a partir da segunda metade do século XX no Rio Grande do Sul, passaram a empreender um processo de retomada das suas terras. O processo de retorno aos seus tradicionais territórios empreendido pelo povo Kaingang demonstra o protagonismo desse grupo étnico no que diz respeito a sua afirmação enquanto identidade própria e diferenciada. A Terra Indígena Pó Mág, localizada no município de Tabaí, porção sul da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, originada a partir deste processo, vem empreendendo a construção de sua territorialidade no espaço da terra indígena. O objetivo do estudo constituiu-se em analisar como a comunidade da Terra Indígena Pó Mág percebe os elementos que constituem sua territorialidade no espaço local por meio da análise de suas relações com elementos da natureza como o relevo, as formações rochosas, os espíritos, os animais, as relações de poder internas da comunidade, as relações sociais com as outras comunidades Kaingang, os contatos e relações com os não indígenas e ressignificações construídas junto a elementos espaciais como as moradias, a escola, a igreja e o campo de futebol. Para tanto, o método foi qualitativo e contou com a análise de conteúdo e a abordagem etno-histórica no que diz respeito à investigação do levantamento bibliográfico e pesquisa documental realizado junto aos órgãos públicos municipais e federais, dos dados obtidos em campo com indígenas e não indígenas por meio da história oral e dos procedimentos etnográficos. Como resultados, tendo por base aportes teóricos da história ambiental, territorialidade, identidade e cultura, aponta-se que o grupo Kaingang analisado vem desempenhando sua espacialidade sobre as áreas do tradicional território e do espaço de sua terra indígena. Ao mesmo tempo, se empenham em várias frentes que vão desde o aumento da área física da aldeia, à instalação de uma escola indígena e à garantia do abastecimento de água potável, o que os torna agentes de sua história e da territorialidade tendo em vistas suas dinâmicas espaciais, políticas e culturais, de respeito para com o meio humano e não humano e de luta por seus direitos como uma sociedade distinta que são. |