História da tecnologia dos oleiros de Umbará (1935 - 2000)
Ano de defesa: | 2001 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/27091 |
Resumo: | Umbará é um bairro de Curitiba formado no final do séc. XIX e início do séc. XX por caboclos, imigrantes italianos e poloneses. Desde 1935 o ofício de oleiro produtor de tijolos é a principal atividade do bairro. Através dos depoimentos escrevemos a história tecnológica destes oleiros no período de 1935 a 2000, dentro de seu próprio processo e dos processos históricos mais amplos. A tecnologia como meio de satisfação de determinadas necessidades surge e se expressa por meio de relações sociais complexas e as condições que em Umbará colocaram lado a lado caboclos, imigrantes italianos e poloneses têm profundas relações com as possibilidades de opção tecnológica que se ofereceram a estes sujeitos. Durante os 65 anos de atividade dos oleiros a pluralidade de opções tecnológicas foi marcante. Hoje ainda dividem o mesmo espaço modernas olarias, com as soluções tecnológicas que lhes permitem atender às exigências do mercado capitalista, com outras, cujo processo técnico é arcaico, mas permite a sobrevivência de seus proprietários como autônomos. Juntos estes oleiros servem à reprodução ampliada do capital. Nesta história o processo cultural foi muito importante. Foi um fator decisivo na formação do bairro, na chegada dos imigrantes, na interação com a comunidade local, na construção de uma identidade que valoriza a autonomia. Foi a partir disso que os oleiros rememoraram sua história tecnológica e teceram sua teia de explicações para o momento atual de intensas transformações. É a partir da sua cultura que resgatam estratégias de sobrevivência e têm encontrado soluções para o processo de concentração da produção que faz desaparecer inúmeros oleiros e que impõe a outros padrões tecnológicos hegemônicos para que possam existir. |