O BARRO NA MÃO DO OLEIRO: RESSIGNIFICAÇÕES E SENSIBILIDADE ATRAVÉS DA CULTURA MATERIAL.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nóbrega, Viviane Martins de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas e da Terra
BR
PUC Goiás
História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/3336
Resumo: Diante das inúmeras possibilidades de discussões, apresentadas pelos vestígios materiais do Sítio Arqueológico Histórico Maria Mendes, localizado no município de Campo Limpo de Goiás, estado de Goiás, foi escolhida para este trabalho a possibilidade que melhor representa o contexto do sítio. A possibilidade de, através da diversidade da decoração impressa na cerâmica do sítio, entender as expressões decorativas como forma de representação sociocultural, agenciadas pelo oleiro, no decurso de sua trajetória de vida, da África para o Brasil, dentro do contexto histórico da Província de Goiás, do início do século XIX. Agenciadas a partir de suas influências, que foram por ele ressignificadas e impressas na cerâmica através de um estilo sensível e criativo. Possiblidade que se divide, a partir do objetivo principal, para também entender os papéis das influências indígenas, africanas e europeias sobre o resultado final do produto do oleiro. Tendo em vista a presença dos signos africanos, pertencentes a grupos diferentes e que ali, no conjunto cerâmico, parecem ter encontrado meios de coexistirem, a identificação de expressões decorativas pertencentes ao povo Guarani em uma área da província de Goiás historicamente ocupada pelo povo Kayapó do Sul, dois grupos culturalmente distintos, tendo em vista também as similaridades entre alguns fragmentos, de pratos e panelas cerâmicas, e as formas e decorações de louças e vasilhas europeias. Esses entendimentos vão ao encontro da forma interdisciplinar de entender a cultura, proposta pelas teorias da História Cultural, que possibilitou um diálogo entre História e Arqueologia, de uma forma menos compartimentada ou limitada ao uso de uma ciência pela outra apenas como fonte.