Tolerância de cultivares de feijão (phaseolus vulgaris l.) aos herbicidas inibidores da enzima protoporfirinogênio oxidase
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4514 |
Resumo: | Para a cultura do feijão existem poucos herbicidas registrados que exercem seletividade à cultura e sejam eficientes no controle de espécies daninhas de folhas largas. Um dos fatores que contribui para a escassez de herbicidas registrados é a elevada sensibilidade do feijão aos mesmos. Isso ressalta a grande importância de pesquisas investigando a tolerância do feijão a herbicidas que ainda não possuem registro à cultura, como novas alternativas para o controle das plantas daninhas. Estudos recentes comprovaram a existência de variabilidade de tolerância de cultivares feijão ao herbicida saflufenacil, inibidor da enzima protoporfirinogênio oxidase (Protox), quando aplicado na modalidade de pré-emergência da cultura. O presente trabalho teve por objetivo investigar a tolerância do feijão aos herbicidas inibidores da Protox. Os experimentos foram executados para determinar: (1) a tolerância diferencial do herbicida safluenacil nas modalidades de pré e pós-emergência; (2) a existência de níveis diferenciados de tolerância entre cultivares de feijão; (3) a tolerância a herbicidas de diferentes grupos químicos inibidores da Protox; (4) a seletividade de diferentes doses de saflufenacil e sulfentrazone em em cultivares de feijão e o efeito no controle de plantas daninhas; e (5) mecanismos de tolerância baseados na metabolização dos herbicidas. Os resultados permitem inferir que os níveis de tolerância do feijoeiro ao saflufenacil são muito superiores na modalidade de pré-emergência, em relação à pós-emergência, em que doses muito reduzidas de saflufenacil causam a morte das plantas. Dentre as cultivares testadas, a BRSMG Talismã e a IAC Milênio apresentaram, respectivamente, a maior e menor tolerância ao saflufenacil (20,5 g ha-1). A tolerância aos herbicidas saflufenacil, sulfentrazone, flumioxazin e fomesafen aplicados em pré-emergência depende da cultivar e da dose utilizada, não havendo um padrão de tolerância cruzada aos inibidores da Protox nas cultivares. Em condições de campo, saflufenacil apresentou controle satisfatório das plantas daninhas apenas na dose de 52,5 g ha-1, a qual causou elevada fitotoxicidade para o feijão. Sulfentrazone (400 g ha-1) apresentou nível satisfatório de controle das plantas daninhas e seletividade para as cultivares BRSMG Talismã e IPR Tuiuiú, demonstrando bom potencial para ser empregado em pré-emergência em solo do tipo latossolo. Em ensaios em casa-de-vegetação, o aumento da tolerância da cultivar sensível com uso do protetor mefenpyr-diethyl e a redução da tolerância da cultivar tolerante com o inibidor clorpirifós, sugerem que a metabolização está envolvida no mecanismo de tolerância aos inibidores da Protox. Conclui-se que o nível de tolerância manifestada em pré-emergência é dependente da cultivar e do herbicida empregado, sugerindo o envolvimento da metabolização do herbicida como um dos mecanismos de tolerância do feijão aos inibidores da enzima Protox. |