Correlação entre o sinal mecanomiográfico e a escala modificada de Ashworth durante avaliação clínica da espasticidade
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Informática Industrial
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1689 |
Resumo: | A espasticidade é uma desordem comum em pessoas que apresentam lesão no neurônio motor superior. O acometimento pode ocorrer em diferentes níveis. A Escala Modificada de Ashworth (EMA) é o instrumento de avaliação mais utilizado para medir os níveis de acometimento, entretanto apresenta subjetividade. Já a mecanomiografia (MMG) trata-se de uma técnica objetiva, que quantifica as vibrações musculares durante os eventos de contração e alongamento e, por isso, pode dimensionar com precisão o nível de espasticidade. Diante disso, objetivou-se investigar a correlação entre os níveis de espasticidade determinados pela EMA com os sinais mecanomiográficos em músculos espásticos e não espásticos. Avaliaram-se 34 membros de 22 voluntários, de ambos os sexos, com idade média de 39,91±13,77 anos. O protocolo experimental consistiu na realização de avaliação pela EMA dos grupos musculares flexores e extensores de joelho e/ou cotovelo, onde um grupo era o agonista e o outro antagonista. Simultaneamente, captavam-se os sinais de MMG. Utilizou-se um equipamento de MMG customizado para registrar e gravar os sinais, configurados em um programa da plataforma LabView®. No programa computacional MatLab®, processaram-se os sinais da MMG no domínio temporal (mediana da energia) e espectral (mediana da frequência) dos eixos de movimento X (transversal), Y (longitudinal) e Z (perpendicular). Para delimitação da banda passante, empregou-se um filtro Butterworth de 3a ordem atuando na faixa de 5 a 50 Hz. Aplicaram-se testes estatísticos como coeficiente de correlação de Spearman, teste de Kruskall-Wallis e teste de correlação linear. Como resultados, no domínio temporal, o teste de Kruskal- Wallis mostrou diferenças na mediana da energia (MMG ME) entre cada grupo de EMA. O teste de correlação linear mostrou alta correlação entre a EMA e a MMGME, tanto no grupo muscular agonista quanto no antagonista. Assim, no domínio do tempo, a maior correlação linear ocorreu entre a EMA e a MMGME do eixo Z do grupo muscular agonista (R2 = 0,9557) e a menor correlação no eixo X, do antagonista (R 2 = 0,8862). O teste de correlação de Spearman também confirmou alta correlação em todos os eixos, nesta análise. O processamento no domínio espectral mostrou que houve aumento na mediana da frequência (MMGMF) nos maiores graus de EMA. Porém, os coeficientes de correlação linear determinados foram moderados e baixos. O maior coeficiente de correlação linear entre a EMA e a MMGMF ocorreu no eixo Z, do grupo muscular agonista (R2 = 0,4883) e o menor valor no eixo Y, do grupo antagonista (R 2 = 0,1657). No teste de Spearman, a maior correlação ocorreu entre o eixo Y do grupo agonista (0,6951; p < 0,001) e o menor valor no eixo X do grupo antagonista (0,3592; p < 0,001). Por meio dos dados obtidos, concluiu-se que entre a MMGME e a EMA houve correlação significativamente elevada em ambos os grupos musculares. Entre a MMGMF e a EMA também houve correlação significativa, porém moderada no grupo agonista, e fraca no grupo antagonista. Desta forma, dentre os descritores estudados, a MMGME mostrou ser a mais adequada para correlacionar-se com o grau de espasticidade definido pela EMA. |