Programa pró-equidade de gênero e raça da Prefeitura Municipal de Curitiba: estratégia para superar a divisão sexual de trabalho em uma instituição pública?
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1815 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi analisar se o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça da Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC) alterou a percepção de servidoras(es) sobre a concepção de divisão sexual do trabalho. A divisão sexual do trabalho é o conceito que permitiu identificar e compreender as relações hierárquicas (princípio da hierarquização) baseado na atribuição de um valor social e econômico maior às ocupações masculinas em relação às femininas, além disso, considera o trabalho da mulher secundário e o seu salário complementar à renda familiar. E o princípio da separação identificando os lugares ocupados por homens e mulheres na instituição (trabalho produtivo) e no trabalho reprodutivo e doméstico concordando com a construção histórica e social que associa as mulheres a setores ocupacionais como o magistério, a saúde e assistência social, consideradas uma extensão das funções do cuidado na família, da afetividade e os homens às engenharias, à tecnologia da informação, ocupações relacionadas às ciências exatas associadas à razão, criando um viés de gênero nas relações de trabalho. Para identificar possíveis desigualdades de gênero no ambiente laboral comparou-se os vencimentos básicos iniciais de algumas carreiras, o processo de ascensão a cargos de chefia e a faixa salarial em que se encontravam servidoras e servidores na Prefeitura Municipal de Curitiba. Investigou-se também, a percepção de implementadoras e beneficiárias(os) do Programa, sobre a divisão sexual do trabalho. A metodologia empregada para a condução da investigação foi a pesquisa qualitativa de caráter interpretativo utilizando a entrevista estruturada e semiestruturada como instrumentos para coleta dos dados. As entrevistas foram divididas em dois grupos, a seguir: a) implementadoras do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça e b) professoras(es) e engenheiras(os) beneficiárias(os). A análise dos documentos disponibilizados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e pela Prefeitura Municipal de Curitiba complementou o caminho investigativo desta pesquisa. Traz como resultado a percepção das(os) servidores(as) beneficiários(as) e das implementadoras sobre uma política que prevê mudanças culturais na instituição e na gestão de pessoas. Cabe salientar que o programa prevê nos seus objetivos identificar as relações discriminatórias de raça, orientação sexual, geracional e da pessoa com deficiência que não foram analisados nesta pesquisa. Fator que possibilita a continuidade do processo investigativo e fica como sugestão para pesquisas futuras. |