Programa pró-equidade de gênero e raça da Prefeitura Municipal de Curitiba: estratégia para superar a divisão sexual de trabalho em uma instituição pública?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Wizenberg, Luizene Coimbra Cruzzulini lattes
Orientador(a): Luz, Nanci Stancki da lattes
Banca de defesa: Carvalho, Marília Gomes de, Lombardi, Maria Rosa, Tortato, Cintia de Souza Batista, Luz, Nanci Stancki da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1815
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar se o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça da Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC) alterou a percepção de servidoras(es) sobre a concepção de divisão sexual do trabalho. A divisão sexual do trabalho é o conceito que permitiu identificar e compreender as relações hierárquicas (princípio da hierarquização) baseado na atribuição de um valor social e econômico maior às ocupações masculinas em relação às femininas, além disso, considera o trabalho da mulher secundário e o seu salário complementar à renda familiar. E o princípio da separação identificando os lugares ocupados por homens e mulheres na instituição (trabalho produtivo) e no trabalho reprodutivo e doméstico concordando com a construção histórica e social que associa as mulheres a setores ocupacionais como o magistério, a saúde e assistência social, consideradas uma extensão das funções do cuidado na família, da afetividade e os homens às engenharias, à tecnologia da informação, ocupações relacionadas às ciências exatas associadas à razão, criando um viés de gênero nas relações de trabalho. Para identificar possíveis desigualdades de gênero no ambiente laboral comparou-se os vencimentos básicos iniciais de algumas carreiras, o processo de ascensão a cargos de chefia e a faixa salarial em que se encontravam servidoras e servidores na Prefeitura Municipal de Curitiba. Investigou-se também, a percepção de implementadoras e beneficiárias(os) do Programa, sobre a divisão sexual do trabalho. A metodologia empregada para a condução da investigação foi a pesquisa qualitativa de caráter interpretativo utilizando a entrevista estruturada e semiestruturada como instrumentos para coleta dos dados. As entrevistas foram divididas em dois grupos, a seguir: a) implementadoras do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça e b) professoras(es) e engenheiras(os) beneficiárias(os). A análise dos documentos disponibilizados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e pela Prefeitura Municipal de Curitiba complementou o caminho investigativo desta pesquisa. Traz como resultado a percepção das(os) servidores(as) beneficiários(as) e das implementadoras sobre uma política que prevê mudanças culturais na instituição e na gestão de pessoas. Cabe salientar que o programa prevê nos seus objetivos identificar as relações discriminatórias de raça, orientação sexual, geracional e da pessoa com deficiência que não foram analisados nesta pesquisa. Fator que possibilita a continuidade do processo investigativo e fica como sugestão para pesquisas futuras.