Características de pastos de milheto ou capim sudão sobressemeados na cultura da soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Candiotto, Lucas lattes
Orientador(a): Missio, Regis Luis lattes
Banca de defesa: Soares, André Brugnara lattes, Missio, Regis Luis lattes, Aiolfi, Ricardo Beffart lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25348
Resumo: Objetivou-se avaliar o milheto e o capim sudão solteiros ou consorciados com azevém implantados por sobressemeadura na cultura da soja ou por plantio direto após a colheita dos grãos. O experimento ocorreu nos anos de 2019 e 2020 em delineamento de blocos ao acaso com esquema fatorial 4x2, com quatro repetições. Foram utilizados 8 tratamentos: 4 pastagens diferentes (capim sudão solteiro, capim sudão em mescla com azevém, milheto solteiro, milheto em mescla com azevém) em 2 épocas/métodos de implantação (sobressemeadura a lanço na cultura da soja em estágio R6 ou semeadura por plantio direto após a colheita da soja). Foi realizada a avaliação de estande de plantas aos 10, 20 e 30 dias após a semeadura. A pastagem foi manejada realizando cortes quando atingia 60 cm, com intensidade de desfolha de 50%. Antes dos cortes eram realizadas as avaliações das pastagens: massa de forragem, alturas, índice de acamamento, densidade de forragem, densidade populacional de perfilhos, e composição morfológica. Com os dados da massa de forragem foram obtidas a produção de forragem total, a taxa de acúmulo diária e mensal da forragem (dinâmica de produção de forragem). O período de utilização das pastagens foi considerado o intervalo entre o primeiro e o último corte de cada tratamento. Os resultados foram comparados pelo teste de Tukey (α = 0,05). Foi verificada interação (P<0,05) entre ano agrícola e época de semeadura para a altura das plantas, estande de plantas, densidade populacional de perfilhos, tempo de utilização da pastagem, produção total de forragem, acamamento de plantas e proporção de material morto. Essas variáveis foram superiores (P<0,05) para os pastos sobressemeados em R6 em 2019, com exceção do estande de plantas, da densidade de perfilhos e acamamento de plantas, não havendo diferença em 2020 entre as épocas de semeadura. O tempo de utilização da pastagem foi superior (P<0,05) nos pastos sobressemeados em ambos os anos agrícolas. Não foi verificado interação (P<0,05) entre épocas e tipos de pastagem para o estande de plantas, densidade de perfilhos e separação morfológica. O estande de plantas foi superior (P<0,05) para o milheto solteiro, enquanto a densidade de perfilhos foi maior para o capim sudão solteiro. A proporção de folhas foi maior (P<0,05) nos cultivos solteiros, a de colmos nas pastagens de capim sudão solteiro, e a de material morto foi superior nas pastagens de capim sudão, independente se em cultivo solteiro ou em mescla com azevém. Ocorreu interação significativa entre meses e épocas de semeadura para a taxa de acúmulo mensal de forragem, com maior (P<0,05) acúmulo para os pastos sobressemeados, e maiores acúmulos nos meses de março e de abril. A sobressemeadura de milheto ou capim sudão sobre a cultura da soja possibilita a antecipação da utilização das pastagens, elevando o tempo de utilização dos pastos e a produção de forragem.