Leguminosas de verão como cobertura do solo para produção de milho em sistema de plantio direto
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/871 |
Resumo: | Na região Sul do Brasil o modelo agrícola predominante é o Sistema de Plantio Direto (SPD), com o uso predominante de gramíneas hibernais, principalmente a aveia. Essa espécie mesmo sendo uma ótima produtora de fitomassa, possui menor potencial de disponibilização de nitrogênio para a cultura subseqüente, mediante reciclagem. Assim, o uso de plantas de cobertura como as leguminosas estivais, capazes de fixar nitrogênio (N) atmosférico em ausência de adubação nitrogenada complementar pode ser uma estratégia eficiente para o sistema produtivo local, por ocuparem o solo em período ocioso e produzirem maior fitomassa comparados as gramíneas de inverno. O presente estudo tem por objetivo avaliar os efeitos das plantas leguminosas de verão, cultivadas em plantio direto no período da safrinha, com ou sem complementação nitrogenada, nos parâmetros agronômicos e na produtividade do milho. O trabalho foi conduzido nos anos de 2012 e 2013 na área experimental da UTFPR, Campus Dois Vizinhos em delineamento experimental de blocos ao acaso, num esquema bifatorial com três repetições. Nas parcelas principais de 5 x 10 m foram estabelecidos os sistemas de plantas de cobertura do solo (fator A) e nas parcelas subdivididas de 5 x 5 m, foi avaliada à utilização de adubação química nitrogenada (fator B). Os tratamentos principais foram constituídos por sete sistemas de plantas de cobertura de verão Crotalária juncea (Crotalaria juncea L.), Crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis), Feijão de porco (Canavalia ensiformes), Guandu anão (Cajanus cajans L.), Lab lab (Dolichos lablab), Mucuna anã (Mucuna deeringiana), Mucuna preta (Mucuna aterrima) e um sistema mantido sem as plantas de cobertura (Pousio), associando-se a estes a complementação de N mineral para cultura do milho (com e sem uso de 180 kg ha-¹ de N na forma de uréia). Foram realizadas as avaliações de desenvolvimento, produção, decomposição e liberação de N pela matéria seca (MS) das plantas de cobertura. No milho, além das características agronômicas, foram avaliados os teores de N presente na biomassa e na folha bandeira, e também a produtividade de grãos. Na safra 2012/2013 a mucuna preta e o feijão de porco promoveram maior taxa de cobertura do solo aos 30 DAS (57 e 56% respectivamente). Em ambos os anos o feijão de porco obteve a maior produtividade de MS e o maior acúmulo de N na MS. A maior taxa de decomposição dos resíduos ocorreu com a utilização de feijão de porco e lab lab; enquanto a menor taxa foi verificada na crotalária juncea e no guandu anão. O uso de leguminosas não alterou o diâmetro de colmo e altura das plantas de milho. O feijão de porco, a crotalária juncea e a mucuna preta na safra 2012/2013 e o lab lab na safra 2013/2014, sem uso de N-mineral resultaram em produtividade de grãos de milho superior a média dos tratamentos com adição de 180 kg ha-1 de N. |