Efeito do chorume de suínos e do ph do solo sobre o tombamento de pepino causado por Pythium sp

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Manteli, Claudia
Orientador(a): Santos, Idalmir dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/228
Resumo: Entre os fitopatógenos habitantes do solo, o Pythium sp. é um dos mais agressivos e de difícil controle e acomete diversas culturas comerciais. Na cultura do pepino (Cucumis sativus L.) causa podridão de colo e conseqüente tombamento de plântulas. O controle deste fitopatógeno é baseado em alternativas culturais, por o tratamento químico de sementes não ser efetivo. A adição de compostos orgânicos promove alterações químicas, físicas e biológicas no solo e alterações nutricionais nas plantas. O chorume de suínos apresenta-se como uma alternativa de controle deste fitopatógeno, devido a sua disponibilidade e ao seu potencial nutricional. No entanto, o pH do solo influencia na liberação de diferentes compostos pelo chorume de suínos e, consequentemente, na sua ação sobre os patógenos. Para o gênero Pythium, não existem relatos de utilização de chorume de suínos como alternativa de controle aplicado em diferentes níveis de pH do solo. Este trabalho avaliou o efeito da aplicação de chorume de suínos em solo com diferentes níveis de pH, sobre o controle da doença, sobre o desenvolvimento do fitopatógeno e sua influência nas características químicas e biológicas do solo. Três diferentes situações foram testadas, sendo em todas mantidas a aplicação de 0, 5, 10 e 15% de chorume. Em experimentos com arranjo inteiramente casualizado. Em placas de Petry, avaliou-se a aplicação dos volumes de chorume de suínos em solo com pH 4,8, 6,3 e 8,4, com 1, 2 e 3 dias de incubação sobre o crescimento micelial do Pythium sp. No solo com pH 8,4 o crescimento das colônias foi superior em todos os períodos testados, e em solo pH 4,8 e 6,3 com até dois dias de desenvolvimento, as colônias tiveram um crescimento micelial inibido. Em experimentos inteiramente casualizado, com incubação hermética dos mesmos volumes de chorume de suínos, por quatro dias em solo com pH 4,8, 6,3 e 8,4, obteve-se menor índice de tombamento de plantas no solo pH 4,8. Em outra situação, avaliou-se em experimentos com blocos ao acaso o efeito de diferentes volumes de chorume de suínos sobre o tombamento de plantas de pepino em vasos. A aplicação deste em solo com dois diferentes níveis de pH (pH 4,8 e 6,3), revelou menor número de plantas de pepino tombadas no solo com pH 4,8. Em todas as situações o efeito fungitóxico dos ácidos graxos voláteis, liberados pelo chorume de suínos, quando aplicado em solo com maior nível de acidez, foi apontado como a principal causa da obtenção destes resultados.