Respostas agronômicas e ecofisiológicas de videira, cultivar BRS Violeta, influenciadas por sistemas de adubação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Malagi, Gustavo
Orientador(a): Citadin, Idemir
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/250
Resumo: O cultivo da videira no Paraná, especialmente na região Sudoeste, tem apresentado desenvolvimento ascendente em função da ampliação dos canais de consumo e das melhorias infraestruturais e de manejo que vem sendo adotadas. Porém, questões de ordem econômica como a elevação dos custos com fertilizantes e, questões técnicas como a falta de pesquisas voltadas ao desenvolvimento de um modelo produtivo sustentável, limitam ainda a expansão desta cultura. Assim, buscam-se alternativas que possam suprir carências de fertilizantes acessíveis economicamente e ao mesmo tempo eficientes agronomicamente. Busca-se também suprir as necessidades da sociedade por produtos alternativos voltados a um modelo de produção agroecológico. Assim, este trabalho teve por objetivo avaliar a influência de formulações à base de insumos alternativos, isolados ou em combinação com derivados do xisto, sobre o desenvolvimento, produção e qualidade dos frutos da videira. O trabalho foi desenvolvido na área experimental da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Pato Branco, entre 2008 e 2011, utilizando-se dez tratamentos: T1: Fosfato Natural de Gafsa (FNG) + K2SO4; T2: FNG + PRB (Pó de Rocha Bioland®); T3: FNG + K2SO4 + GP (cama de Galinha Poedeira); T4: FNG + PRB + GP; T5: FNG + K2SO4 + MBR3 (Matriz Xisto 3); T6: FNG + PRB + MBR3; T7: FNG + K2SO4 + MBR3 + GP; T8: FNG + PRB + MBR3 + GP; T9: SFT (Superfosfato Triplo) + KCl + Uréia e T10: Testemunha Absoluta. Empregou-se o delineamento blocos ao caso com quatro repetições, utilizando-se videira cultivar BRS Violeta. Cada unidade experimental foi composta por sete plantas úteis, limitadas por duas plantas de bordadura. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância utilizando-se análise de contraste ortogonais em estrutura fatorial para comparação das classes de adubação. Verificou-se que a área foliar da cultivar BRS Violeta pode ser determinada com boa precisão pela equação ß : 0,2169(SCN S)² + 5,3642(SCN S) - 34,725 , substituindo o parâmetro SCNS pelo somatório do comprimento das nervuras secundárias das folhas. O uso de sulfato de potássio proporcionou aumento significativo do teor de potássio na camada superficial do solo, favorecendo a elevação da condutância estomática e da taxa fotossintética das folhas no verásion, a elevação do teor deste elemento nas cascas das bagas, e o aumento do teor de sólidos solúveis totais nas bagas durante a evolução da maturação. O uso do pó de rocha Bioland® e da matriz MBR3 proporcionou aumento do teor de fósforo na camada superficial do solo, possivelmente pela dessorção deste elemento por silício. A atividade microbiana do solo esteve relacionada também com o aumento do teor de fósforo pela mineralização do fósforo orgânico presente nos restos culturais da cobertura de inverno. Na safra 2010/11 a área foliar das videiras aumentou ignificativamente pelo efeito médio dos tratamentos com adubação. A produtividade por área não foi afetada significativamente pelos efeitos das adubações, assim como os teores de antocianinas e flavonóides na evolução da maturação. As avaliações pós-colheita não evidenciaram influencias dos tratamentos. Pelos tratamentos alternativos serem de baixa solubilidade, é esperado que seus efeitos sejam evidentes de médio a longo prazo.