Lima Barreto: ficção e biografia no contexto da Belle Époque

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bastos, Everton Luis lattes
Orientador(a): Nascimento, Naira de Almeida lattes
Banca de defesa: Bellin, Greicy Pinto lattes, Nascimento, Naira de Almeida lattes, Almeida, Rogério Caetano de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/5037
Resumo: Esta pesquisa tem por finalidade analisar a construção do personagem Lima Barreto no romance contemporâneo O Passeador (2011), de Luciana Hidalgo. Procura-se verificar, em particular, as relações do personagem/autor com a cidade e com os processos de modernização da então capital federal no início da Belle Époque e a sua combatividade ao regime republicano à época. Além disso, estabelecer-se-á uma comparação com as construções biográficas sobre o mesmo autor por via de suas duas biografias: A vida de Lima Barreto (1952), de Francisco de Assis Barbosa, e Lima Barreto: Triste visionário (2017), de Lilia Moritz Schwarcz, revelando que tanto personagem na ficção quanto sujeito biografado são construtos que carregam posições e interesses de seus idealizadores. O trabalho tem como suporte, as ideias de Marshall Berman, cujo discurso se molda em uma observação da modernidade oitocentista. Por essa perspectiva, investe-se na pesquisa sobre a primeira República do Brasil, além do processo de reurbanização na cidade do Rio de Janeiro. Como referencial teórico, utilizou-se os conceitos de David Harvey e Hans Ulrich Gumbretcht, os quais dialogarão com as ideias de Roberto Schwarz e Jessé Souza no que tange à construção da identidade social brasileira. Por fim, são contempladas as obras O pacto autobiográfico (2008), de Philippe Lejeune e A ordem do discurso (1996), de Michel Foucault, além da importante Literatura de urgência: Lima Barreto no domínio da loucura (2008), da própria Hidalgo, cujas leituras dão lastro para se compreender e identificar as diferentes construções do discurso nas esferas da ficção e da biografia e o quanto elas têm em comum enquanto produto estético.