Literatura e sociedade em Chiquinho: correspondências entre intelectualidade e caboverdianidade
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4295 |
Resumo: | A presente pesquisa intenta demonstrar a relação entre a intelectualidade caboverdiana e a caboverdianidade. Pretende-se confrontar o conteúdo dos textos teóricos com o texto do romance, Chiquinho (1947), do escritor Baltasar Lopes, de modo a verificar possíveis contornos ou traços que unifiquem, de maneira particular, uma identidade caboverdiana, como elemento legitimador do projeto idealizado pela geração claridosa, dando ênfase às relações estabelecidas entre o processo de construção da identidade nacional e a intelectualidade caboverdiana. A obra em análise, publicada pela primeira vez em 1947, foi concebida como o primeiro romance verdadeiramente caboverdiano, tornando-se parte do processo de formação literária de Cabo Verde. A narrativa, dividida em três partes, pode ser classificada como um romance de aprendizagem, pois apresenta a trajetória do protagonista Chiquinho, desde sua infância, juventude, até sua vida adulta. O romance contempla aspectos da vivência no arquipélago, como a dura realidade das secas e da fome que atinge a população, bem como suas peculiaridades culturais, as narrativas orais, a língua crioula e as mornas. Além disso, o texto também aborda a questão do evasionismo e do engajamento intelectual como componentes da identidade do homem caboverdiano. O embasamento teórico contempla uma abordagem dos aspectos de povoamento e formação da sociedade caboverdiana, a conceituação de “intelectual”, baseada nas teorizações de autores como Gramsci, Edward Said e Alfonso Berardinelli, além de um sintético percurso pela formação da literatura caboverdiana. |