Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Giselle Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-15122015-135627/
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Resumo: |
Abordamos os romances Guia afetivo da periferia, do escritor brasileiro Marcus Vinícius Faustini, e Marginais, do escritor cabo-verdiano Evel Rocha, com o interesse de estudar seus protagonistas, personagens pobres que vivem em zonas urbanas. Motivou-nos o interesse de entender como estão representadas e, por isso, tratamos de investigar suas experiências cotidianas, a partir do que pudemos identificar algumas de suas características e atitudes. Essa investigação teve como suporte teórico textos que defendem a importância de uma hermenêutica do cotidiano, recomendando a sua realização como uma forma de se potencializar a documentação de experiências de vidas anônimas e de demandas sociais legítimas, mas escondidas para a conveniência dos grupos hegemônicos. Essa hermenêutica se baseia na compreensão de que aquilo que se vive informalmente deve ser entendido como uma alavanca para o conhecimento humano. Analisamos cinco unidades temáticas mínimas que se evidenciaram comuns aos romances: vida, morte, doença, trabalho e território. Constatamos que a forma como os dois textos retratam a vida na periferia são complementares, não obstante, individualmente, privilegiem visões unívocas da realidade social que retratam. Também constatamos que os romances tanto inovam na abordagem de alguns temas, como o combate à tuberculose e a opção pelo autoemprego, como, de algum modo, ratificam posições que cerceiam os seres humanos, como quando atrelam a noção de decência ao fato de se estar ou não empregado e a pobreza à criminalidade. |