Consumo de pescado proveniente do Lago Igapó (Londrina/PR) por pescadores amadores: uma eventual exposição à contaminação por chumbo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Cassiano Andrade lattes
Orientador(a): Prates, Kátia Valéria Marques Cardoso lattes
Banca de defesa: Prates, Kátia Valéria Marques Cardoso, Zawadzki, Cláudio Henrique, Santos, Maurício Moreira dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Apucarana
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2266
Resumo: A crescente poluição ambiental nas últimas décadas vem tornando os metais tóxicos uma ameaça constante aos seres vivos. Entre estes, o chumbo é um dos mais importantes, devido à quantidade de áreas contaminadas e seus efeitos deletérios para saúde humana. Determinadas espécies de pescado representam valiosos aliados na nutrição humana e, por serem considerados um importante recurso proteico e fazerem parte da composição alimentar humana, os peixes representam uma das principais fontes de ingestão de metais para o homem via cadeia alimentar. Estudos prévios identificaram a presença de chumbo em concentrações acima do nível permitido pela legislação em diversos pontos ao longo do Ribeirão Cambé, na cidade de Londrina/PR. Devido à importância do Lago Igapó para a população local para a prática de atividades de pesca e recreação, o presente estudo teve como objetivo analisar o potencial de contaminação por chumbo que esta população que utiliza o pescado proveniente do local para consumo pode, eventualmente, estar sendo exposta. Com a finalidade de avaliar aspectos socioeconômicos, hábitos de pesca, analisar quantitativa e qualitativa do produto de pesca, foram aplicados questionários com os praticantes de pesca amadora no Lago Igapó e realizada a biometria e identificação das espécies capturadas pelos entrevistados. A análise dos dados mostrou que 59% dos entrevistados praticavam a pesca de subsistência, visando exclusivamente o consumo do pescado. Além disso, 15% dos pescadores revelaram fazer a pesca recreativa e, eventualmente, o consumo do produto da pesca. A frequência de consumo de peixe entre os entrevistados também foi alta (2,35 dias/ semana), sendo este consumo de origem praticamente exclusiva do Lago Igapó (2,20 dias/ semana). Dentre as espécies identificadas, Tilapia rendalli foi consideravelmente mais abundante (quase 90% dos exemplares), o que mostra que esta espécie é uma das mais consumidas pelos pescadores locais. Esse dado é preocupante visto que estudos prévios realizados no Lago Igapó mostraram concentração de chumbo cerca de 13 vezes acima do limite permitido pela legislação nessa espécie. Os resultados refletem a importância do produto da pesca proveniente do Lago Igapó como fonte de proteína na alimentação dos pescadores e sua família e confirma a preocupação relativa à eventual exposição da população à contaminação por chumbo.