Estudo de recuperação de chumbo de escória metalúrgica por flotação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: NUNES, João Alberto de Souza
Orientador(a): BALTAR, Carlos Adolpho Magalhães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Quimica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16703
Resumo: As empresas produtoras de baterias chumbo-ácido são obrigadas, por lei, a reciclar as sucatas de baterias usadas. Em Pernambuco, a reciclagem é feita por processo pirometalúrgico que gera um resíduo denominado de escória, tendo como principais elementos o chumbo e o ferro. Assim, o presente trabalho teve como objetivo estudar a possibilidade de reaproveitar o chumbo contido nesta escória, através do método de flotação. Este reaproveitamento trará um ganho ambiental e econômico a empresa, devido a redução do seu passivo e o alto valor agregado do chumbo no mercado internacional, respectivamente. A fim de caracterização minerológica e química da escória, foram realizadas análises por difração de raios X (DRX), fluorescência de raios X (FRX) e microscopia eletrônica de varredura (MEV), o que possibilitou a escolha de uma rota ideal de tratamento deste resíduo. Os testes de flotação foram realizados em uma célula mecânica de bancada, estudando-se a influência do tipo de coletor, concentração do coletor, tempo de condicionamento, pH da polpa, tempo de flotação, tipos de espumantes de flotação (o metil-isobutil-carbinol - MIBIC e eter-poliglicólico - F650) e ação de agentes modificadores (amido, o sulfeto de sódio e o querosene) com diferentes funções, tais como depressores de ferro, ativadores de chumbo e extensor de cadeia carbônica para aumentar a recuperação do chumbo, respectivamente. Os resultados mostraram que é possível uma recuperação de 54,4 % do chumbo da escória com as partículas na faixa granulométrica de 150 – 400 mesh, com o coletor mercaptobenzotiazol, a uma dosagem de 1.000 g/t, pH 9,0 e tempo de flotação de 20 min. As análises de MEV detectaram a presença de chumbo no interior de partículas de ferro, o que limita a possibilidade de melhorar a sua recuperação. Por sua vez, o xantato etílico de sódio foi bastante seletivo, proporcionando um concentrado com apenas 0,4 % do ferro contido na alimentação, com teor de chumbo de 22,9 %. O teor de chumbo apresentou um valor inferior a 40,0 %, meta proposta pela empresa, devido a presença de carbono no concentrado de flotação, o que não foi considerado um problema, pois os testes piloto mostraram que é possível a sua reutilização na metalurgia do chumbo.