Extrato de própolis verde no controle de helmintos gastrointestinais de ovinos e caprinos: estudos in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Baungratz, Andressa Radtke lattes
Orientador(a): Macedo, Vicente de Paulo lattes
Banca de defesa: Macedo, Vicente de Paulo, Henrique, Katia Atoji, Machado, Luciana Pereira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4146
Resumo: O uso indiscriminado de anti-helmínticos químicos sem o devido conhecimento do manejo a ser adotado bem como as características do produto e do animal a ser tratado podem ocasionar a resistência parasitária, a qual pode ser diminuída quando se faz a adoção de métodos de controle alternativos, utilizando produtos de origem natural. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar a potencialidade da utilização da própolis verde sobre ovos e larvas de helmintos gastrointestinais de ovinos (in vitro) e sua eficácia anti-helmíntica em caprinos (in vivo). Primeiramente, o percentual de ácidos fenólicos, flavonoides e a atividade antioxidante da própolis verde utilizada foram determinados a fim de estabelecer quais os principais compostos químicos presentes e suas respectivas quantidades. Os efeitos do fitoterápico sobre ovos e larvas de helmintos gastrointestinais de ovinos avaliados por meio de testes que predisseram percentuais de eclodibilidade de ovos e inibição da migração larval dos helmintos. Em uma segunda etapa, os efeitos do extrato de própolis verde foram observados diretamente sobre os animais. Cabras Boer foram divididas em três grupos experimentais, sendo: T1 – tratamento com glicerina (animais recebendo glicerina bidestilada líquida), T2 – extrato de própolis verde (0,3g/kg PV) e T3 – antihelmíntico químico – monepantel. Ambos grupos experimentais receberam os produtos teste no dia sete do período experimental, coletas de material fecal para análises de ovos por grama de fezes (OPG) e coprocultura foram realizadas até o dia 60. A coloração da mucosa ocular foi determinada em todos os dias de coleta, pelo método Famacha. Foram colhidas amostras de sangue para realização de hemograma e perfil bioquímico sérico. O teste de redução de contagem de ovos nas fezes (TRCOF) foi realizado com o objetivo de predizer o grau de redução na contaminação por helmintos para os diferentes produtos. A própolis utilizada apresentou uma vasta composição química, compostos como taninos e diferentes fenólicos garantiram a atividade anti-helmíntica da mesma. Elevada atividade antioxidante foi observada pela técnica de capacidade antioxidante de redução férrica. Não foi observada eclodibilidade de ovos quando utilizada a concentração de 99,99 mg mL-1 do fitoterápico, a mesma concentração inibiu mais de 97% da migração de larvas. Os valores de OPG e Famacha foram melhores para o monepantel quando comparado à própolis verde. O anti-helmíntico químico apresentou 64% de redução da contaminação no TRCOF. Conforme os resultados de hemograma, a própolis teve efeito positivo sobre o sistema imune dos animais, diminuindo a possível ocorrência de processos inflamatórios ou ainda sua intensidade. As infecções de ambos tratamentos apresentaram maiores proporções de H. contortus em relação às demais espécies de helmintos. A própolis foi eficiente no controle de nematoides gastrointestinais de pequenos ruminantes, ao passo que controlou ovos e larvas de helmintos.