Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
MENDES, F. W. V. |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1167613
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Resumo: |
A caprinocultura leiteira se encontra em expansão,sejadevido a maior diversidade cultural, implicações na saúde humana ou simplesmente por preferências. O problema sanitário de maior impacto para o produtor de caprinos é a infecção parasitária causada principalmente pelo nematoide Haemonchus contortus, especialmente na fase reprodutiva e na lactação.Além das dificuldades impostas pela baixa eficácia dos medicamentos disponíveis atualmente, há também a preocupação com os resíduos de drogas no leite (KOTZE e PRICHARD, 2016; ROMERO et al., 2017). Neste contexto, esforços são necessários para aumentar a adoção de alternativas não químicas de controle que poderão incrementar não só a saúde dos animais como também a segurança alimentar. No presente trabalho é apresentada uma análise de custosda utilização da vacina contra H. contortus, uma nova ferramenta no controle do parasito, comparada ao método tradicional com anti-helmínticos. A pesquisa utilizou a metodologia empírico-analítica na coleta de preços para determinação do custo da vacinação, bem como do controle com medicamentos anti-helmínticos. A seguir foram montados cenários que consideraram frequências de tratamentos de 3, 4, 6, 10, 12 e 24 vezes ao ano para as diferentes regiões do país, ecomparados ao custo parcial da vacinação junto a uma análise de sensibilidade. Também foram mensuradasas perdas em custos de produção oriundas do descarte da produção leiteira no período de carência dos medicamentos. O custo parcial médio estimado na utilização da vacina contra H. contortus por animal durante o período (5 anos) foi de R$ 92,83. Na comparação com anti-helmínticos comerciais, o tratamento com Monepantelteve um custo mais elevado do que a vacinaçãose utilizado na frequência de 12 e 24 vezes ao ano, independente das possíveis oscilações de preços para cima ou para baixo.As perdas com o descarte da produção leiteira variaram de acordo com a droga e frequência do tratamento, sendo mais expressiva em relação ao medicamento Ivermectina que pode chegar a uma perda de até R$40.287,45/ano.Concluiu-se que isoladamente a vacinação contra H. contortustem um custo mais elevado do que o controle tradicional realizado com a maioria dos medicamentos. Porém, em situações onde o preço da droga e a frequência de tratamentos são altos, o controle tradicional pode ser maior que a vacinação. Não obstante, se consideradas as perdas com descarte da produção, a vacinação se torna mais viável economicamente do que todos anti-helmínticos comerciais avaliados.A vacina contra H. contortusagrega vantagens não contábeispois alémde não deixa resíduos no leite dos caprinos e não leva a resistência parasitária podendo ser uma importante ferramenta no controle dessa parasitose. Abstract: Dairy goat farming is expanding, whether due to greater cultural diversity, implications for human health or simply by preferences. The health problem of greatest impact to the goat producer is the effective control of parasitic infections, especially as the breeders are more vulnerable to nematodes during the reproductive phase and lactation.In addition to the difficulties posed by the low efficacy of medicines today (Kotzeand Prichard, 2016), there is also concern about drug residues in milk (Romero et al., 2017).In this context, efforts are needed to increase the adoption of non-chemical control alternatives that may enhance not only animal health but also food security.This paper presents a cost analysis of the use of Haemonchus contortus vaccine compared to traditional anthelmintic control.The research used the empirical-analytical method in price collection to determine the cost of the vaccine, as well as the anthelmintic drugs, setting scenarios in which the cost of anthelmintic drugs at frequencies of use of 3, 4, 6, 12 and 24 times a year compared to the partial cost of the vaccine, measure the losses in productive costs due to each drug's grace period and mortality and perform a sensitivity analysis.The estimated partial average cost of using Haemonchus contortus vaccine is R$ 34.20/animal in the first year and R$ 14.66/animal in the second, due to a decrease in the amount of vaccine supplied to the animal. The use of commercial anthelmintics, the drug Monepantel had a higher cost than the vaccine from the frequency of 12 and 24 times a year.Losses in production costs arising from discarding production during the drug withdrawal period have been observed to vary from -R$44,12 to -R$4,941,20 per animal depending on the frequency of treatment.As for the sensitivity analysis, showed that when fluctuation in the price of the vaccine is with the decrease when for the increase, the drug Monepantel is the one that presents the largest change in value.The Haemonchus contortus vaccine had a higher cost compared to the antiparasitic drugs evaluated, but in some forms of use of the drug its cost became much higher than the vaccine, when measured losses in production cost, vaccination becomes more economically viable than the evaluated commercial anthelmintics.In addition, the vaccine adds non-accounting advantages, as it does not have a grace period and thus does not cause damage to the producer by discarding production, does not cause parasitic resistance and leaves no residues in derivatives of animal origin. |