Toxicidade do óleo essencial de Melaleuca a organismos não-alvo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Silvane Zancanaro de lattes
Orientador(a): Potrich, Michele lattes
Banca de defesa: Silva, Andre Luiz da lattes, Vismara, Lilian de Souza lattes, Potrich, Michele lattes, Freitas, Patricia Franchi de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31074
Resumo: O aumento dos cultivos em agroecossistemas favorece o surgimento de insetos-praga, com isso, há aumento na utilização de inseticidas sintéticos. Ao analisar formas de controlar estes insetos-pragas, sem que ocasionem danos aos organismos não-alvo e ao ambiente, procura-se meios mais seletivos ou seguros. Nesse sentido, tem-se estudado e empregado o uso de inseticidas botânicos como o óleo essencial de Melaleuca alternifolia. No entanto, os efeitos dos óleos essenciais sobre abelhas e mamíferos são pouco conhecidos. Neste sentido, objetivou-se avaliar a possível toxicidade do óleo essencial de M. alternifolia (OEMa) sobre dois modelos biológicos, um invertebrado Apis mellifera africanizada (abelha) e um vertebrado, o embrião de Gallus gallus domesticus (galinha). Para isto, foi utilizada a concentração de 0,75% do OEMa em ambos os experimentos com os modelos biológicos. Em abelhas foram três tipos de exposição: 1) pulverização indireta do OEMa nas abelhas; 2) pulverização direta do OEMa nas abelhas; 3) OEMa incorporado na alimentação. As análises foram: probabilidade de sobrevivência, teste de deslocamento vertical (voo) e retomada de voo (queda) das abelhas. O OEMa quando pulverizado diretamente sobre as operárias de A. mellifera reduziu a probabilidade de sobrevivência destas após 120 horas. No bioensaio com vertebrados, os embriões de G. gallus foram submetidos a dois tipos de exposição: 1) Pulverização externa do OEMa no ovo de G. gallus; 2) Injeção de OEMa na parte interna do ovo de G. gallus. Foram realizadas as análises: viabilidade, probabilidade de sobrevivência, taxa de batimentos cardíacos, ocorrência de má-formações e estádios de desenvolvimento dos embriões de G. gallus. A exposição ao OEMa injetado no ovo afetou negativamente G. gallus, causando má-formações com três dias de incubação. Conclui-se que o OEMa é seletivo e seguro tanto para as abelhas (desde que pulverizado em horário com menos atividades de A. mellifera) quanto para os embriões de G. gallus (pulverizado externamente no ovo).