Abelhas campeiras de Apis mellifera L. africanizada (Hymenoptera: Apidae) são suscetíveis aos óleos essenciais de Pitanga (Eugenia uniflora) e de Patchouli (Pogostemon cablin)?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Berté, Elizabete Artus lattes
Orientador(a): Potrich, Michele lattes
Banca de defesa: Alves, Dejane Santos lattes, Potrich, Michele lattes, Sofia, Silvia Helena lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31358
Resumo: A abelha africanizada Apis mellifera L. 1758 (Hymenoptera: Apidae) é um inseto social com notável importância na agricultura e na economia, principalmente devido ao processo de polinização, importante serviço ecossistêmico. Além da polinização que beneficia a produção de diferentes culturas, as abelhas produzem mel, geleia real, cera, própolis, pólen e apitoxina. No entanto, nos últimos anos, a mortalidade destes insetos tem sido evidente e relacionada, principalmente, ao uso de agrótoxicos. Uma das alternativas para reduzir os problemas causados por estes produtos é o uso de óleos essenciais, ou inseticidas botânicos. No entanto, os efeitos dos óleos essenciais sobre A. mellifera ainda são pouco compreendidos. Assim, objetivou-se avaliar a suscetibilidade de abelhas campeiras de idade conhecida (marcadas) e idade desconhecida (não-marcadas) de Apis mellifera africanizada (Hymenoptera: Apidae) aos óleos essenciais de Eugenia uniflora Lineu. (pitangueira) e de Pogostemon cablin Benth. (patchouli), ambos utilizados no controle de pragas. Para isto, em laboratório, quatro bioensaios foram preparados com os óleos essenciais na concentração de 0,75%, em laboratório. Os bioensaios foram: 1) Contato de A. mellifera (idade conhecida e idade desconhecida) em superfície vítrea tratada com óleos essenciais; 2) Ação dos óleos essenciais pulverizados diretamente sobre abelhas de A. mellifera (com idade conhecida e idade desconhecida), 3) Ação dos óleos essenciais em campeiras A. mellifera com idade conhecida (IC) e idade desconhecida (ID) alimentadas com dieta contendo os tratamentos e; 4) Análise do comportamento de voo (deslocamento vertical) e retomada de voo (queda livre) de campeiras A. mellifera IC e ID. Os óleos essenciais provocaram redução na probabilidade de sobrevivência de abelhas A. mellifera, destacando sua toxicidade no tempo de 12 horas. No bioensaio 1 os óleos essenciais reduziram a probabilidade de sobrevivência de A. mellifera, diferindo das abelhas do grupo controle. O óleo essencial de E. uniflora provocou redução ainda maior na sobrevivência de abelhas com id. No bioensaio 2 os óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin também reduziram a sobrevivência das abelhas A. mellifera diferindo do grupo controle. No bioensaio 3 o óleo essencial de E. uniflora reduziu a probabilidade de sobrevivência de A. mellifera, com destaque para redução na sobrevivência de abelhas com idade desconhecida. O óleo essencial de P. cablin também reduziu a probabilidade de sobrevivência destas abelhas. Quando analisado o impacto dos óleos essenciais sobre abelhas com idade conhecida e desconhecida, no bioensaio 3 verificou-se que a ação dos óleos foi distinta entre as diferentes idades, entretanto, diferindo negativamente da sobrevivência do grupo controle. No bioensaio 4 os óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin, afetou o comportamento de voo (deslocamento vertical) e retomada de voo (queda livre) destas abelhas. As abelhas A. mellifera africanizada são suscetíveis aos óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin independente da idade e do método a que foram expostas aos respectivos óleos essenciais.