A ergonomia na atividade leiteira: avaliação das condições de trabalho dos ordenhadores na região de Campo Mourão - PR
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3740 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a postura dos trabalhadores em relação às atividades de ordenha e de manejo do gado leiteiro associando-os aos sistemas de produção realizados pelos ordenhadores da Comunidade dos Municípios de Campo Mourão (COMCAM). Como metodologia, objetivando identificar a existência de sintomas musculoesqueléticos, o estudo foi dividido em duas etapas: a primeira foi à identificação do perfil sociodemográfico da amostra (163 ordenhadores) por meio de questionário; em seguida procurou-se obter dados sobre problemas com dores e/ou desconfortos por meio da aplicação do Questionário Nórdico Padrão (QNP). Na segunda etapa, realizou-se a Análise da Atividade em seis propriedades (nove ordenhadores) para identificar fatores de riscos de natureza ergonômica. Para o registro e a avaliação das posturas, utilizou-se o método Rapid Entire Body Assessment (REBA) e com relação à avaliação de cargas, utilizou-se a Equação de National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH). Identificou-se um total de 87% de trabalhadores com queixas de dor e/ou desconforto musculoesquelético, sendo que, tais sintomas apresentavam-se na maioria dos casos com aspecto multifocal, ou seja, 86 trabalhadores (60,56%) indicaram presença de dores em segmentos corporais diferentes ao mesmo tempo. A maior prevalência de dor nos últimos 12 meses foi na região lombar (73,94%); com relação à cronicidade, nos últimos sete dias a região mais afetada foi a dos quadris (64,29%) e com relação à gravidade causando afastamentos das atividades de trabalho, os quadros álgicos mais graves envolveram a região dos membros inferiores (pernas com 37,93%). Quanto aos sistemas de produção, compararam-se primeiramente os sistemas de ordenha manual e mecânica a todos os tipos de dores, verificou-se que a ordenha manual foi mais prejudicial (95,31% de dor), contudo dos cinco sistemas de produção analisados, a ordenha mecânica com balde ao pé em sala de ordenha (fosso), demonstrou ser mais prejudicial (100% de dor). Acompanhando o trabalho dos ordenhadores, foi possível identificar que as principais posturas adotadas ao longo da jornada laboral são a inclinação lateral e flexão do tronco e o manuseio de cargas entre 12 a 60 kg e a partir disso, pode-se caracterizar que a atividade do ordenhador como um trabalho que exige, na maioria das atividades, posturas constrangedoras, com nível de esforço grande, fato esse que pode contribuir para o desenvolvimento de lesões musculoesquelético nesses trabalhadores. Assim, foram propostas recomendações ergonômicas com intuito de minimizar posturas constrangedoras destes ordenhadores e consequentemente para a melhoria da qualidade de vida no trabalho. |