Persistência no solo, seletividade para espécies cultivadas e interação de saflufenacil com herbicidas causadores de estresse oxidativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Diesel, Francielli
Orientador(a): Trezzi, Michelangelo Muzell
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/526
Resumo: Saflufenacil é um novo herbicida que está sendo introduzido comercialmente no Brasil. Muitos fatores são necessários para que um herbicida tenha sucesso comercial, dentre eles destaca-se a seletividade para culturas de interesse, eficácia sobre espécies daninhas e segurança no ambiente. Dois experimentos foram conduzidos a campo e quatro em casa-de-vegetação. No primeiro estudo foram testados sete períodos de semeadura de feijão após a aplicação do herbicida (0, 5, 10, 15, 25, 35 e 50 DAA), na ausência e presença de herbicida saflufenacil (0 e 29,4 g i.a. ha-1). No segundo estudo, duas concentrações de saflufenacil (0; 14,7 e 29,4 g i.a. ha-1) foram testadas em dez cultivares de feijão. Para ambos os testes, foram avaliados o estande, estatura de plantas e componentes de rendimento. O primeiro bioensaio foi realizado em esquema triifatorial 8 x 5 x 4 , sendo o primeiro fator as concentrações de saflufenacil (0; 2,45; 4,9; 9,8; 14,7; 19,6; 24,5 e 29,4 g i.a. ha-1), o segundo as espécies bioindicadoras pepino, melancia, cabotiá, abobrinha e beterraba. Realizaram-se avaliações de estande e estatura de planta, massas das partes aéreas verde (MPAV) e seca (MPAS) e o terceiro fator períodos de avaliação (5, 10, 15 e 20 DAS). O segundo e terceiro bioensaios foram realizados simultaneamente, sendo os tratamentos constituídos pelas épocas de coleta do solo após a aplicação de saflufenacil (29,4 g i.a. ha-1) (0, 5, 10, 15, 25, 35, 50 e 100 dias após aplicação). Em um deles foi utilizado o pepino e no outro a beterraba como bioindicadores da presença de saflufenacil no solo. Foram determinadas as mesmas variáveis do primeiro bioensaio. Os tratamentos foram saflufenacil (0; 0,35; 0,7; 1,4; 2,1 e 2,8 g i.a. ha-1) aplicado de forma isolada ou associada ao paraquat (0, 1 e 3 g ha-1), metribuzin (0; 38,4 e 105,6 g i.a. ha-1) e clomazone (0, 288 e 504 g i.a. ha-1). Foram realizadas determinações de controle visual, MPAV e MPAS. A aplicação de saflufenacil em pré-emergência requer intervalo entre 10 e 25 dias após sua aplicação para ser realizada a semeadura da cultivar de feijão IPR-Tiziu. A cultivar Talismã apresentou maior tolerância a saflufenacil, enquanto a cultivar Jalo Precoce apresentou maior sensibilidade ao herbicida. As espécies que apresentaram maior sensibilidade ao saflufenacil foram o pepino e a beterraba. A persistência do saflufenacil em Latossolo Vermelho distroférrico, determinada por bioensaio com pepino e beterraba, situou-se entre 25 e 35 dias após a aplicação do herbicida. Para a variável controle de A. tenella, houve sinergismo para as associações das maiores doses de saflufenacil com paraquat e metribuzin, mas não com clomazone. Para a MPAS, todas as associações foram sinérgicas, indepententemente do herbicida ou da dose empregada.