Agentes comunitários e cooperativismo solidário: o caso da Cresol de Francisco Beltrão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Luiza Maria da Silva
Orientador(a): Kiyota, Norma
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1493
Resumo: Este trabalho analisa a percepção dos agricultores familiares atuantes no Programa de Agentes Comunitários em relação às práticas de autogestão e solidariedade no Cooperativismo Solidário da Cresol Francisco Beltrão. A Cresol é uma cooperativa de crédito rural, de perspectiva solidária, constituída e gerida por agricultores familiares desde 1995,inicialmente constituída no Sudoeste do Paraná, a cooperativa propagou-se em diversos outros municípios. A Cresol Francisco Beltrão foi uma das primeiras a serem criadas e, hoje, destaca-se perante as outras cooperativas por seus indicadores econômicos. As cooperativas Cresol desenvolveram um programa de formação para associados denominado Programa de Agentes Comunitários há 15 anos. Após este período de execução, em 2015, observa-se que os agentes comunitários possuem o papel de estreitar as relações entre a direção da cooperativa e os demais associados, entretanto, os agentes apontam que o princípio da solidariedade encontra-se fragilizada, pois ao observar a relação dos demais associados com a cooperativa, percebem que estes a consideram apenas como uma instituição financeira. A autogestão, que se manifesta na forma como os associados tratam de temas gerenciais e administrativos e como se desafiam a criar mecanismos que ampliem os espaços de consulta coletiva para a tomada de decisão da cooperativa. Neste sentido, observou-se que há algumas práticas que estimulam a democratização de informações e relatórios acerca da gestão, bem como o trabalho do agente comunitário em estimular a participação de outros sócios em reuniões comunitárias. Contudo o fluxo de informação é assimétrica, ocorrendo da cooperativa para a comunidade. Os agentes comunitários da Cresol Francisco Beltrão afirmam ser necessário que a direção desta cooperativa organize eventos e reuniões envolvendo mais associados para ampliar e fortalecer os princípios da solidariedade e autogestão no cooperativismo solidário, bem como da cooperação.