Determinação de metais, HPAS e ecotoxicidade em amostras de lixiviados de resíduos de pavimentação asfáltica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Moraes, Diego lattes
Orientador(a): Pagioro, Thomaz Aurelio lattes
Banca de defesa: Beninca, Cristina lattes, Passig, Fernando Hermes lattes, Passig, Karina Querne de Carvalho lattes, Pagioro, Thomaz Aurelio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/23610
Resumo: Os resíduos de pavimentação asfáltica (RAPs) têm em sua composição uma variedade de compostos orgânicos e inorgânicos, que podem interagir com o ambiente e apresentar efeitos deletérios na saúde humana. No Brasil, a resolução CONAMA no 307/2002, classifica este tipo de resíduo como de classe A, que devem ser prioritariamente reutilizados ou reciclados na forma de agregados, e em caso de impossibilidade, devem ser dispostos em aterros. No entanto, aterros de resíduos classe A não possuem impermeabilização de base e nem sistema de drenagem, o que pode favorecer a lixiviação de substâncias nocivas para compartimentos ambientais. Além disso, o descaso do poder público frente a gestão dos RAPs, abre precedente para o descarte clandestino em áreas de “bota-fora”, diretamente sobre solo. Neste sentido, este estudo teve por finalidade investigar o potencial de toxicidade dos RAPs por meio da determinação de metais, HPAs e testes de ecotoxicidade com organismo indicador Daphnia magna. Foram analisados extratos lixiviados e extrato solubilizado de quatro amostras de RAPs e de uma amostra de concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), para fins de comparação. Em relação aos metais, no extrato solubilizado foram encontrados Al e Mn acima do valor máximo permitido previsto no anexo G da ABNT NBR 10.004:2004. Para os extratos lixiviados, nenhuma amostra apresentou concentração de metais acima do valor máximo permitido pelo anexo F da referida norma. No entanto, as amostras apresentaram em sua composição concentrações de Cd, Cr, Pb, Ni e Cu, que estão na lista de substâncias que conferem toxicidade aos resíduos sólidos, do anexo C da ABNT NBR 10.004:2004. Para os HPAs, duas amostras de lixiviado apresentaram concentração de BaP acima do valor máximo permitido pelo anexo F e as outras amostras apresentaram valores de BaP próximos ao limite estabelecido. Além disso, as amostras ainda apresentaram concentração de BaA, BbF, InP e Cri, os quais compõem o anexo C da ABNT NBR 10.004:2004. Para os testes de ecotoxicidade, duas amostras solubilizadas apontaram toxicidade aguda para Daphnia magna. Levando em consideração a ABNT NBR 10.004:2004, os resultados desta pesquisa apontaram que duas das cinco amostras analisadas puderam ser classificadas como resíduos perigosos (classe I), apontando que estes resíduos podem possuir potencial de lixiviação de substâncias que conferem periculosidade aos resíduos. Assim, a deposição em solo deste tipo de resíduo deve ser avaliada com cautela, pois sua composição contém substâncias que podem vir a degradar o meio ambiente ou a saúde humana.