Seletividade de fungos entomopatogênicos e óleos essenciais a Apis mellifera L. (Hymenoptera: Apidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Colombo, Fernanda Caroline lattes
Orientador(a): Potrich, Michele lattes
Banca de defesa: Potrich, Michele, Bueno, Adeney de Freitas, Silva, Sóstenez Alexandre Vessaro da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Dois Vizinhos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4393
Resumo: As abelhas Apis mellifera L., 1758 (Hymenoptera: Apidae) africanizadas são insetos sociais, considerados úteis, devido sua importância para os agroecossistemas. Porém, estão sofrendo com a desordem do colapso das colônias e, dentre os suspeitos, destacam-se os inseticidas químicos sintéticos. Assim, como alternativa, têm-se o controle biológico e alternativo de pragas, no entanto, os efeitos de entomopatógenos e óleos essenciais sobre as abelhas ainda são escassos. Assim, objetivou-se avaliar o efeito dos fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae e dos óleos essenciais de Eugenia uniflora e Pogostemon cablin a operárias de A. mellifera africanizadas. Para isto, em laboratório, foram realizados quatro bioensaios com os fungos entomopatogênicos (1×108 conídios.ml-1) e com os óleos essenciais (0,75%): 1) Contato de A. mellifera em superfície vítrea pulverizada; 2) Contato de A. mellifera com folhas de eucalipto tratadas; 3) Pulverização direta sobre A. mellifera e 4) Ingestão de pasta cândi incorporada com os tratamentos. Avaliou-se a longevidade das operárias a partir de uma até 240 horas. Para a produção de rainhas foram executados dois ciclos: 1) B. bassiana (1×108 conídios.ml-1) e água destilada esterilizada e 2) M. anisopliae (1×108 conídios.ml-1) e água destilada esterilizada. Para isso, foi realizada a transferência de larvas de operárias para cúpulas acrílicas contendo geleia real incorporada com os tratamentos, sendo a emergência das rainhas monitorada e análises morfométricas executadas. Beauveria bassiana provocou redução na longevidade das operárias apenas no bioensaio de pulverização direta e Metarhizium anisopliae causou redução da longevidade nos quatro bioensaios realizados. O óleo essencial de E. uniflora causou redução na longevidade das abelhas através da pulverização direta e ingestão de pasta cândi e P. cablin reduziu a longevidade de A. mellifera nos bioensaios de contato em folhas de eucalipto, pulverização direta e ingestão de pasta cândi, quando comparadas às operárias provenientes da testemunha. Na produção de rainhas não houve redução ou interferência nos parâmetros morfométricos avaliados, após ingestão de geleia real incorporada com B. bassiana e M. anisopliae, tampouco no tempo de emergência, quando comparado às rainhas provenientes da testemunha. Os compostos majoritários encontrados no óleo essencial de E. uniflora foram calamen-10-ona, silfiperferol-6-em-5- ona, germacrona, germacreno B e os compostos encontrados no óleo essencial de P. cablin foram patchoulol, α-guaieno e γ-patchouleno. M. anisopliae e os óleos essenciais de E. uniflora e P. cablin não são seletivos a A. mellifera, quando realizados bioensaios em laboratório, enquanto B. bassiana pode ser considerado seletivo. Entretanto, B. bassiana e M. anisopliae, em campo, mostraram-se seletivos e seguros para produção de rainhas de A. mellifera. Novos testes, com diferentes isolados dos fungos e diferentes concentrações dos tratamentos, e a campo, são recomendados.