Tecnologias do lar e pedagogias de gênero: representações da “dona de casa ideal” na revista Casa & Jardim (anos 1950 e 1960)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Padilha, Ana Caroline de Bassi
Orientador(a): Santos, Marinês Ribeiro dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/798
Resumo: Neste trabalho, temos como objetivo investigar as associações entre tecnologias domésticas e tipos de feminilidades na revista Casa & Jardim como mídia de pedagogias de gênero. O recorte de estudo tem como foco os discursos textuais e imagéticos sobre tecnologias do lar veiculados na revista Casa & Jardim durante as décadas de 1950 e 1960. Neste período, as revistas direcionadas para públicos femininos buscavam criar uma identificação das mulheres com o espaço e o consumo domésticos, apresentando as tecnologias do lar, especialmente os eletrodomésticos, como recursos capazes de garantir o conforto doméstico, facilitando as rotinas das donas de casa e proporcionando maior bem-estar às famílias. Neste registro, as tecnologias do lar tanto favoreciam quanto glamourizavam as atividades cotidianas. Contudo, em paralelo, os padrões de limpeza, organização e administração do lar também tornaram-se significativamente mais exigentes. A partir de uma abordagem qualitativa de natureza interpretativa, visamos compreender como eram configuradas as representações da “dona de casa ideal” na revista Casa & Jardim. Percebemos que, nos discursos do periódico, as tecnologias do lar assumiram um papel importante na construção de expectativas sociais acerca das práticas de consumo das donas de casa das camadas médias, cuja identidade social estava estreitamente vinculada às imagens de esposa e mãe.