Ecologia populacional em jaboticabais no sudoeste do Paraná
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/23549 |
Resumo: | No Sudoeste do Paraná, foram identificados fragmentos de Floresta Ombrófila Mista,onde existem alta densidade de jaboticabeira (Plinia cf. peruviana), denominados jaboticabais. Nestes locais ocorre colheita extrativista dos frutos (jaboticabas) e outras ações antrópicas que podem alterar a regeneração natural da espécie. O presente trabalho teve como objetivo verificar aspectos de ecologia populacional em jaboticabeiras através de estudos sobre a fenologia vegetativa e reprodutiva,crescimento e dinâmica da regeneração da espécie. Acompanhou-se a fenologia vegetativa e reprodutiva de 15 jaboticabeiras em três locais (CL, PB e VT) durante três anos. O incremento diamétrico foi avaliado a partir da dendrocronologia e ajustou-se equações de crescimento para jaboticabeiras adultas em CH, CL, PB eVT. Foram delimitadas unidades amostrais em CL, PB e VT para análise da regeneração, e calculou-se a distribuição diamétrica, densidade, mortalidade e os parâmetros de crescimento, sobrevivência e elasticidade através do modelo dep rojeção integral (IPM). Nesses locais também se observou a quantidade de frutos remanescentes após colheita extrativista. A duração total do ciclo foi diferente entre os locais, com CL apresentando maior duração (120 dias) das fenofases reprodutivas, o que foi associado a menor temperatura média do local. Temperatura e foto período foram as melhores variáveis preditoras para folha jovem e botão floral.As séries cronológicas atingiram períodos de ~120 anos em CH, PB e VT e ~75anos em CL. Omodelo Chapman-Richards apresentou melhor aderência as séries cronológicas individualmente em cada local, enquanto o modelo Monomolecularrepresentou melhor o conjunto total de dados para a espécie. Pela primeira vez demonstrou-se o crescimento e idade de jaboticabeiras por dendrocronologia. Os resultados permitem estimar a época de estabelecimento dos jaboticabais na região e definir estratégias de manejo e conservação da espécie. Registrou-se pela primeira vez a fusão de troncos para espécies do gênero Plinia, verificada pelas medulas duplas encontradas nas amostras. A análise da regeneração mostrou alta densidade de indivíduos das menores classes de tamanho, porém baixo número de indivíduos de tamanho intermediário, resultado do histórico de ações antrópicas dosl ocais. A taxa finita de crescimento populacional (λ) para o intervalo total de coletas,indicou que os três jaboticabais estudados possuem populações estáveis e com pouco crescimento. A maior probabilidade de mortalidade ocorreu nos menores indivíduos (< 0,3 m de altura), e os resultados de elasticidade mostraram que a sobrevivência é o principal fator a ser considerado na conservação da espécie. O número de frutos remanescentes após colheita foi considerado suficiente parar egeneração. A partir destes resultados são sugeridos ações de conservação dos jaboticabais, tais como retirada do pastejo do gado e evitar roçada da vegetação regenerante na época da colheita, a fim de preservar as jaboticabeiras regenerantese garantir o recrutamento entre classes de tamanho. |