Caracterização de duas pragas emergentes em fruteiras com potencial de cultivo no sudoeste do Paraná: Palpita sp. em oliveiras e Paraulaca dives em feijoa
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3413 |
Resumo: | O cultivo de oliveira (Olea europaea) e feijoa ou goiabeira-serrana (Acca sellowiana) está sendo testado nos últimos anos no pomar experimental da UTFPR Campus Pato Branco. Nestes cultivos experimentais se tornaram recorrentes a presença de dois insetos pragas causadores de desfolhamento, a lagarta Palpita sp. em oliveira e o besouro Paraulaca dives em feijoa. Devido estas duas espécies frutíferas terem potencial de cultivo na região Sudoeste do Paraná, os estudos de adaptação devem incluir a quantificação e caraterização de danos e das pragas e também formas alternativas de controle, uma vez que não há inseticidas registrados para tal. Os objetivos deste trabalho foram proceder a identificação e caracterização do comportamento alimentar, dos danos, da incidência e distribuição temporal e espacial e controle alternativo da lagarta Palpita sp. em oliveira e do besouro Paraulaca dives em feijoa. As avaliações foram realizadas em um pomar de oliveira composto pelas cultivares Koroneiki (66%) e Arbequina (33%) e outro pomar de feijoa, que é um teste de progênies oriundos do melhoramento genético da Epagri de São Joaquim, Santa Catarina. A mariposa, adulto da lagarta-das-oliveiras, foi identificada como sendo da espécie Palpita forficifera Monroe, 1959 (Crambidae, Spilomelinae). As lagartas causaram danos em folhas novas e ponteiros dos brotos novos, principalmente durante os meses de verão (dezembro à março). Apresentaram distribuição aleatória no pomar, não seguindo um padrão de incidência, mas tiveram preferência alimentar pela cultivar de oliveira Arbequina (63,5% do número de lagartas), apesar do menor número de plantas no pomar em relação à cultivar Koroneiki. A aplicação de óleo de neem (7% de Azadiractina indica) e Bacillus thuriengiensis, em condições de laboratório, foram eficientes no controle de P. forficifera, causando 100% de mortalidade de lagartas de segundo instar, até às 48 horas após aplicação, enquanto Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana tiveram menor eficiência. O besouro Paraulaca dives ataca folhas, flores e frutos de feijoa, com incidência durante os meses de primavera (outubro à dezembro). O principal dano é a herbivoria de folhas novas e velhas, com perdas foliares médias de 16%, alcançando até 55%. A escala diagramática elaborada permitiu a avaliação dos danos de herbivoria de forma mais precisa e acurada, em relação à avaliação da severidade em que os avaliadores não tiveram o uso da escala. Os besouros também apresentaram distribuição aleatória no pomar de feijoa, sem seguir nenhum padrão claro de distribuição populacional. O uso de B. thuringiensis ou óleo de neem podem se tornar ferramentas de controle alternativo e integrado de P. forficefera em pomares de oliveira, mas testes de controle em campo ainda precisam ser realizados. Em Pato Branco, o controle destes dois insetos deve ser feito no início da infestação, que ocorre em dezembro para lagarta-das-oliveiras, e em outubro para o besouro em feijoa. A escala diagramática proposta neste trabalho poderá ser útil para futuras avaliações da severidade de herbivoria de P. dives em feijoa. |