Gênero e a representação de mulheres em conselhos municipais de Pato Branco - Paraná
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4006 |
Resumo: | Este estudo de caso busca analisar a interação entre gênero e conselhos municipais, com o intuito de averiguar se a percepção de gênero das representantes da sociedade civil se reflete na presença ou ausência de propostas junto aos conselhos municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR) e de Segurança Alimentar e Nutricional (COMSEA), no município de Pato Branco, Paraná, na gestão de 2015 a 2017. Tais conselhos foram selecionados em razão da coleta de dados exploratória cujo o foco foi a distribuição representativa de mulheres nos conselhos do município, tendo o COMSEA a maioria de representantes mulheres e o CMDR a minoria de representantes mulheres. Não por coincidência, as pautas desses conselhos estão relacionadas aos alimentos em termos de produção, acesso e consumo, ficando nítida a divisão sexual do trabalho nestas atividades. Ademais, o debate teórico dá-se a partir das complexas relações do mundo moderno, e as opressões vivenciadas pelas mulheres, bem como, a hierarquização e disparidades entre os sexos, as classes, os saberes e os povos, que são entendidas como parte de uma mesma matriz eurocêntrica, desencaixados de seus territórios originais (europeus) e distribuídos em todo o globo, radicalizados pelo processo da globalização. Diante deste quadro, os conselhos emergem como agentes que promovem a participação e a representação das mulheres na política institucional. Assim, pode-se afirmar que na trajetória das conselheiras não houve constatação de vinculação às bandeiras de lutas feministas. Contudo, o fato das representantes da sociedade civil se tratarem de mulheres, permitiu conectar as discussões que demonstram os conselhos como flexíveis à abertura para participação e representação das mulheres, mesmo que os interesses das pautas vinculadas diretamente às mulheres sejam negligenciadas e ignoradas, já que a maioria das conselheiras não estão cientes da estrutura patriarcal que circunda a participação das mesmas na política institucionalizada. E é justamente esta rasa percepção sobre gênero e condição social das mulheres, atrelada a baixa representatividade e formação das representantes, que resulta na ausência de pautas atreladas às mulheres em ambos os conselhos. |