O sentido do trabalho para mulheres bancárias, pós licença-maternidade, na contemporaneidade
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Administração
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30908 |
Resumo: | Na contemporaneidade, é crescente a participação das mulheres no mercado de trabalho. Elas têm exercido papéis relevantes nos diversos setores econômicos da sociedade. Entretanto, ainda enfrentam dificuldades não apenas para o ingresso em um emprego, mas também para a manutenção deste. As discriminações sofridas pelas mulheres ocorrem nos mais diversos setores produtivos. Especificamente no bancário, ainda persistem diferenças, tanto relacionadas aos salários para o desempenho de funções semelhantes às de homens, como discriminação quando o assunto é ascensão profissional. Somado a isso, as mulheres que retornam ao trabalho após a licença-maternidade passam a agregar ao trabalho produtivo a responsabilidade de cuidado para com o/a filho/a que até então não possuíam. Além de que, são desafiadas diariamente para a realização das atividades de forma rápida, com qualidade, em busca de resultados mediante uso de tecnologias as quais controlam suas tarefas. Por ser um assunto pouco explorado na academia e no mundo organizacional, a presente pesquisa teve como objetivo analisar o sentido do trabalho para mulheres bancárias, pós licença-maternidade, na contemporaneidade. De natureza exploratória qualitativa, esta pesquisa trouxe no referencial teórico estudos que tratam a respeito do tema em questão, apresentando um panorama do que se tem produzido na academia, com ênfase nos elementoschave: a mulher no mercado de trabalho bancário, maternidade e trabalho e os sentidos do trabalho. Utilizou-se a História oral, por meio de entrevistas semiestruturadas, com oito mulheres bancárias, de Curitiba (PR) e/ou região metropolitana desta capital, que se tornaram mães e retornaram ao trabalho após a licença-maternidade, entre 2019 e 2021 e são funcionárias de uma instituição financeira nacional. A partir dos dados coletados, as falas foram transcritas e transformadas em narrativas em primeira pessoa e a análise, com base na metodologia interpretativo-construtiva. Os resultados evidenciaram que o trabalho para essas mulheres passa por mudanças significativas após a maternidade, mudanças essas que vão desde a identificação com o que fazem, ponderação das decisões quanto ao encarreiramento, busca/manutenção de equilíbrio entre vida pessoal e profissional ao repensar das prioridades. A falta de tempo para maior dedicação aos filhos e para o aprimoramento profissional foi desvelado como elemento que causa certa angústia às participantes, assim como o sentimento de serem preteridas em processos para ascensão profissional. Como se tratou de um grupo restrito de mulheres que ingressaram na instituição pesquisada por meio de concurso público, para estudos futuros recomenda-se a ampliação para mulheres bancárias de instituições privadas. Ademais, consideram-se como contribuições principais deste estudo as reflexões acerca das mudanças de percepções das mulheres bancárias sobre o sentido do trabalho pós licença-maternidade acerca da possibilidade de as instituições garantirem às trabalhadoras que se tornam mães o aprimoramento e crescimento na carreira durante a jornada de trabalho. Destarte, oportunizar-lhes concorrer a diversos cargos em condições de igualdade com outras pessoas para que a maternidade não seja um critério de exclusão para a ascensão profissional, como revelado na percepção das participantes. |