Biologia floral e reprodutiva de araçazeiros (Psidium sp.)

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Kosera Neto, Carlos
• Orientador(a): Wagner Júnior, Américo
• Banca de defesa: Giacobbo, Clevison Luiz, Franzon, Rodrigo Cezar, Citadin, Idemir, Donazzolo, Joel, Wagner Júnior, Américo
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná; Pato Branco
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Mirtácea; Plantas - Análise; Plantas - Reprodução; Plantas - Desenvolvimento; Fertilização de plantas; Fenologia vegetal; Myrtaceae; Plants - Analysis; Plants - Reproduction; Plants - Development; Fertilization of plants
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA
• Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4011

O Brasil é o país com a maior diversidade genética vegetal do mundo, com flora rica em espécies produtoras de frutos, a obtenção de conhecimento sobre a biologia floral, como ocorre a polinização e a reprodução das espécies é de extrema importância para a domesticação destas espécies. Com isso, esse trabalho teve como objetivo elucidar aspectos da biologia floral e reprodutiva de araçazeiros amarelo e vermelho. Para tal foram realizados experimentos no Laboratório de Fisiologia Vegetal e no Pomar de Fruteiras Nativas da Estação Experimental da UTFPR – Campus Dois Vizinhos – Paraná. Foram realizadas observações das fenofases nos indivíduos e acompanhamento da evolução de estruturas reprodutivas até a frutificação. Realizou- se aprofundamento dos conhecimentos anatômicos acerca das estruturas das partes florais, caracterização morfológica da flor, contagem do número de anteras e grãos de pólen por antera. Foi realizada a identificação das estruturas odoríferas através de testes colorimétricos, luminescentes e olfativos. Foi aferida receptividade do estigma através de testes colorimétricos e peróxido de hidrogênio. A viabilidade do pólen foi testada com corantes e germinação in vitro, além de analisar a cinética do tubo polínico. A estratégia reprodutiva foi avaliada. Os visitantes florais foram observados e identificados. Conclui-se que a fenologia difere entre os morfotipos estudados, mas ambas foram divididas em 27 fases e acompanharam a oscilação de fatores abióticos. As flores duram menos de um dia e são generalistas, com grande quantidade de pólen, sem néctar, com liberação de odor nas anteras e sem separação temporal da maturação dos órgãos reprodutivos. O pólen é recalcitrante, deve ser coletado após antese e desidratado por seis horas em ambiente refrigerado. O meio de cultura deve ser composto por sacarose 10%, ácido bórico 50 mg L-1 e ágar 1% para araçazeiro vermelho ou 2% para araçazeiro amarelo. Os tubos polínicos atingiram o ovário às 36 e 48 horas após polinização, para araçazeiros vermelho e amarelo, respectivamente. Apresentaram-se autocompatíveis, sem apomixia e preferencialmente xenogâmicas. Polinizadores foram importantes para reprodução, sendo Apis mellifera o polinizador efetivo de araçazeiro vermelho e abelhas nativas da família Halictidae e Exomalopsis sp. de araçazeiro amarelo.