Plantas de cobertura e adubação nitrogenada como fonte de nitrogênio à cultura do milho em plantio direto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cassol, Cidimar lattes
Orientador(a): Conceição, Paulo Cesar lattes
Banca de defesa: Spagnollo, Evandro, Sartor, Laercio Ricardo, Conceição, Paulo Cesar, Modolo, Alcir José
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4101
Resumo: O sistema de plantio direto (SPD) se destaca como modelo predominante utilizado para produção de grãos no sul do Brasil. Assim, a utilização de plantas de cobertura se tornam relevantes para melhoria da qualidade desse sistema, proporcionando proteção do solo e a fixação/ciclagem de nutrientes em especial o nitrogênio (N), com liberação para cultura em sucessão. Neste sistema, no período de inverno, se destaca o uso predominante da aveia para obtenção de palhada. No entanto, não é a cultura mais adequada para anteceder a cultura do milho, devido à elevada relação C/N que ocasiona menor disponibilidade de N no solo durante a decomposição. Este trabalho objetiva avaliar o equilíbrio entre permanência de resíduos para proteção do solo e liberação de N para a cultura em sucessão em função do Índice Qualidade de Resíduo (IQR) de sistemas de cobertura hibernal a capacidade produtiva de milho sobre resíduos de plantas de cobertura, com doses de N , durante duas safras agrícolas e, o efeito dos sistemas de cobertura no incremento de produtividade de milho após nove anos de plantio direto. A instalação do plantio direto foi realizada em 2010 na área experimental pertencente à UTFPR, Campus Dois Vizinhos, sob Latossolo Vermelho. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em parcelas subdivididas com três repetições. Nas parcelas principais foram testados oito sistemas de plantas de cobertura hibernais (aveia preta, ervilhaca comum, nabo forrageiro, tremoço branco, centeio serrano, azevém comum e consórcio aveia+ervilhaca [A+E] e aveia+ervilhaca+nabo [A+E+N]) que antecederam a cultura do milho. Nas subparcelas foram aplicadas três doses de nitrogênio (0,90 e 180 kg ha ¹), em cobertura na cultura do milho. Os sistemas consorciados A+E+N e A+E apresentam os maior es IQR com permanência de 2,7 Mg ha 1 de massa seca sobre a superfície do solo e liberação de 57 kg ha 1 de N . A taxa de liberação de nitrogênio dos consórcios é mais próxima as poáceas com quantidade de N liberado semelhante ao verificado para ervilhaca. Na ausência de N mineral a maior capacidade produtiva de milho é verificada em sucessão a ervilhaca e tremoço com 8,6 Mg ha 1 de grãos, seguida pelos consórcios com produtividade de 7,0 Mg ha 1 . Com adição de 90 kg ha 1 de N a capacidade produtiva do milho sobre todos os sistemas de cobertura é equivalente a maior dose utilizada (180 kg ha 1 de N) destacando se com maiores produtividades na dose 90 kg ha 1 o cultivo de milho sobre ervilhaca tremoço e A+E+N com produtividade média de 10,2 Mg ha 1 . Após nove anos de condução de plantio direto os sistemas A+E+N e A+E apresentaram incremento de 2,5 e 1,5 Mg ha 1 na produção de MS e, aumento de 37 kg ha 1 para ambos, no acúmulo de N nos tecidos. Os sistemas com ervilhaca, tremoço e A+E+N proporcionaram ao milho na ausência de N mineral incrementos de produtividade de 3,6, 3,2 e 2,5 Mg ha 1 , respectivamente, após nove anos de plantio direto. Os sistemas com tremoço, centeio e A+E+N proporcionaram a o milho adubado com 180 kg ha 1 incremento de produtividade de 1,1, 0,9 e 0,8 Mg ha 1 , respectivamente no mesmo período.