Estrutura espacial das assembleias de peixes de riachos submetidos a diferentes graus de impacto ambiental
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4782 |
Resumo: | Impactos estressantes sobre ambientes naturais, sejam eles de origem antrópica ou não, tendem a causar desequilíbrio no meio, levando à perda da complexidade ambiental. Nesse contexto, o presente estudo analisou a estrutura espacial das assembleias de peixes dos trechos de cabeceira de três ribeirões inseridos na região metropolitana de Londrina-PR, com diferentes graus de impacto ambiental: Cambé (urbano), Cafezal (periurbano) e o Taquara (rural). Pretendeu-se testar a hipótese que as assembleias de peixes do ribeirão urbano tendem a se revelar relativamente mais desorganizada e desestruturada. As coletas foram realizadas entre 2013 e 2017. A coleta de peixes foi realizada com pesca manual seguida pela pesca elétrica. Foram analisadas variáveis físicas e químicas dos ribeirões e da água, além das categorias de uso e ocupação de solo das bacias. A estrutura da assembleia de peixes foi analisada a partir da avaliação de espécies indicadoras, curvas de biomassa e abundância, bem como por modelos nulos de coocorrência de espécies. A análise discriminante canônica detectou diferenças significativas entre os ribeirões estudados quanto às variáveis físicas e químicas, bem como em relação aos percentuais de categorias de uso e ocupação do solo. O ribeirão Taquara apresentou o maior número de espécies bioindicadoras, entre as quais apenas uma era exótica, o que indica boa condição para manutenção de espécies nativas. Os ribeirões mais impactados, Cambé e Cafezal, apresentaram alto percentual de espécies exóticas como bioindicadoras, 57% e 50%, respectivamente. A partir da análise das curvas abundância-biomassa, nenhum ribeirão apresentou o padrão esperado para ambientes íntegros. A avaliação temporal dos padrões de coocorrência demonstrou tendência de desestruturação das assembleias de peixes dos ribeirões Cambé e Cafezal, enquanto o Taquara demonstrou equilíbrio nesse mesmo período. A análise de correlação canônica segregou os ribeirões de forma análoga às curvas ABC, sendo o Cafezal o mais impactado, associado às áreas mais impermeáveis e aos valores mais elevados de condutividade elétrica. Por outro lado, o Taquara apresentou maior correlação com extensões de vegetação densa. Diferentemente da hipótese inicial, o estudo demonstrou um gradiente crescente de perturbação ambiental do Taquara para o Cambé, seguido pelo Cafezal. Esses resultados ressaltam, que, apesar de serem ambientes fluviais de mesma ordem e estarem inseridos na mesma bacia hidrográfica, cada um tende a apresentar respostas próprias frente aos impactos ambientais, sendo necessárias ações específicas de conservação para cada caso. |