Redes de interação trófica de peixes em riachos expostos a diferentes pressões ambientais
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Apucarana Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2406 |
Resumo: | Dado o cenário de degradação dos ecossistemas aquáticos - de modo particular os de menor ordem e mais susceptíveis aos agentes estressores, como os riachos - especialmente em decorrência de processos associados à urbanização e à agropecuária, o presente trabalho tem por objetivos comparar as respostas das assembleias de peixes de três bacias expostas a diferentes pressões oriundas do uso e ocupação do solo (urbana, periurbana e rural), especificamente em relação a: (i) estrutura trófica; (ii) estrutura das redes tróficas (conectância, densidade de ligações, aninhamento, modularidade) e robustez das redes; (iii) padrões de ocupação do espaço Ecomorfológico; e (iv) relações entre os parâmetros listados anteriormente e a estrutura da paisagem. A hipótese de trabalho sustenta que as redes tróficas de riachos urbanos e rurais respondem diferentemente aos impactos que estão expostos. Os peixes foram coletados com pesca manual e elétrica trimestralmente no ano de 2013, em nove pontos amostrais pertencentes a 3 bacias: Ribeirão Cambé (essencialmente urbano), Ribeirão Cafezal (inserido em um contexto periurbano) e Ribeirão Taquara (essencialmente rural). Foram analisados 815 indivíduos, distribuídos em 19 espécies. A partir dessas espécies foram estimados 37 caracteres morfológicos, transformados em 22 índices ecomorfológicos, para posterior cálculo do grau de empacotamento do espaço ecomorfológico das assembleias, através das métricas: distância para o vizinho mais próximo, distância média para o centróide, e desvio-padrão da distância para o vizinho mais próximo. Posteriormente foram identificados os itens alimentares presentes no trato gastrointestinal dos indivíduos, e calculadas as seguintes propriedades topológicas das redes (conectância, densidade de ligações, aninhamento, modularidade) e a robustez. Foram identificados um total de 46 itens alimentares, sendo o P2 Taquara o mais rico, e o P3 Cambé o menos rico. Os riachos urbanos apresentaram tendência de simplificação e empobrecimento. Os pontos rurais apresentaram tendência de maior aninhamento e robustez, sugerindo maior complexidade e estabilidade, em comparação aos urbanos. Também nos riachos rurais foi possível detectar maior proximidade ecomorfológica entre as espécies da assembleia, sugerindo uma tendência de especialização, ao contrário dos urbanos, onde as espécies se encontravam mais distantes. Dessa forma, pode-se concluir que as redes de interação trófica, associadas às análises de ocupação do espaço ecomorfológico revelaram-se ferramentas interessantes para a análise ambiental em riachos, apresentando resultados que sugerem que os impactos urbanos tendem a ser mais severos para as assembleias do que os rurais. |