Políticas para permanência discente: implementação e consolidação na UTFPR câmpus Pato Branco
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/814 |
Resumo: | Nas últimas décadas a Educação Superior tem ganhado destaque cada vez maior, conquistando espaço na agenda política, nacional e internacionalmente. No Brasil observa-se que este nível de ensino passa por mudanças de cunho estrutural desde os sistemas de ingresso, processo de expansão, tanto pelo viés público, quanto pelo privado, democratização do acesso, políticas de permanência, sistemas de avaliação e regulação, mudanças no perfil do ingressante, entre outros. Neste bojo, esta pesquisa dedica-se a estudar as políticas públicas para permanência discente disponíveis no âmbito das Universidades Federais e no lócus deste estudo a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Câmpus Pato Branco. É através dos dados coletados, vinculados a tal contexto que se buscou responder a questão: “Como ocorre a implementação e consolidação das políticas para permanência discente na UTFPR – Câmpus Pato Branco?”. O percurso teórico deste estudo está embasado nas contribuições de autores como Boaventura de Sousa Santos; Clarissa Eckert Baeta Neves e Marilia Costa Morosini, com destaque aos aspectos de compreensão do percurso da educação superior e das políticas públicas atreladas a tal contexto. O caminho metodológico percorrido foi permeado pela pesquisa exploratória, que se mostrou de extrema relevância considerando que o campo de estudo passa por muitas mudanças, sendo necessário uma análise cuidadosa para compreender os processos nele implicados. Inicialmente foram identificadas as principais políticas para permanência discente disponíveis no âmbito da educação superior federal. Entende-se por política de permanência não apenas aquelas que fornecem suporte financeiro, mas também que possibilitam ao acadêmico uma vivência de maior interação com os processos da universidade, inserção em grupos de pesquisa, bem como a integração social. Desta forma tais políticas são compreendidas neste estudo como focais e não focais, sendo política focal aquela que entre seus objetivos apresenta de modo explícito o foco na permanência discente, e as não focais correspondem aquelas que indiretamente cumprem tal função. No espaço da UTFPR optou-se por aprofundar as informações acerca das políticas de permanência através de contatos com coordenadores de curso e acadêmicos. Foram selecionados sete cursos, um por área de conhecimento. Com base nas entrevistas com cinco dos sete coordenadores selecionados, foram identificadas políticas utilizadas por cada curso, partindo-se destes dados para buscar, através de questionário com os estudantes informações acerca das políticas. Para analisar as informações coletadas foram utilizados princípios da análise de conteúdo proposta por Bardin. Três categorias emergiram do processo de análise: financeiro, formação técnico-científico e formação integral. Estas categorias foram identificadas tanto nos documentos analisados e nas falas dos coordenadores, quanto nas respostas apresentadas pelos discentes. O resultado decorrente das análises permitiu compreender que as políticas têm recebido boa aceitação na percepção dos discentes, mas existem fragilidades a serem superadas, e a participação dos atores deste processo na mudança é de fundamental importância para que a efetividade das políticas seja cada vez maior. Nas análises evidenciaram-se também que as políticas para permanência discente encontram-se ainda em processo de implementação, sendo gestadas em nível federal e aplicadas nas IES em todo o país. Tal processo ainda é recente, considerando-se que a maioria das políticas disponíveis ainda não completou uma década, e carece de ajustes, principalmente no que concerne a admitir o caráter mutante das necessidades discentes, o que reforça a relevância da participação da comunidade acadêmica em todas as etapas do processo, permitindo que a longo prazo tais políticas passem a integrar o dia a dia da universidade ocupando o espaço que lhe compete na estrutura deste nível de ensino, podendo-se então vislumbrar sua consolidação. |