Avaliação do reaproveitamento dos efluentes gerados por sistemas de tratamento de água para hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Faria, Paulo Gil Siqueira de lattes
Orientador(a): Teixeira, Celimar Azambuja lattes
Banca de defesa: Teixeira, Celimar Azambuja, Nagalli, André, Riella, Miguel Carlos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3387
Resumo: Sistemas de Osmose Reversa empregados em clínicas de Hemodiálise geram um volume de efluente denominado por rejeito ou concentrado. Além disso, os filtros de areia, abrandador e carvão ativado, que compõem o pré-tratamento, descartam a água de retrolavam utilizada na manutenção dos mesmos. A presente pesquisa buscou avaliar o reaproveitamento dos efluentes gerados por esse sistema em duas clínicas de hemodiálise na cidade de Curitiba/PR. Na primeira clínica foram reutilizados os efluentes das retrolavagens dos filtros de areia e de carvão ativado em descargas de vasos sanitários e na limpeza de pátios externos, sendo descartado o efluente gerado pelo filtro abrandador. Em ambas as clínicas, foram instaladas sistemas de Osmose Reversa para tratamento do Rejeito (ORR). Através desse sistema de recuperação de efluentes, foi possível reduzir o descarte de água de 49% para 16%, o volume utilizado nas terapias passou de 42% para 70% e os demais consumos que somavam 9%, ficaram em 14% do total de água utilizada no abastecimento da clínica. O emprego da ORR permitiu recuperar 80% do rejeito para retroalimentar o próprio Subsistema de Tratamento de Água para Hemodiálise (STAH) e o restante foi direcionado para uso nos sanitários e para limpezas externas, com isso 100% da água do rejeito foi recuperada. Qualitativamente, o líquido recuperado pela ORR possui baixa concentração de solutos e condutividade menor que 5µS. Os níveis microbiológicos foram abaixo do limite máximo para bactérias heteretróficas, coliformes totais e endotoxinas determinados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) através da Resolução da Diretoria Colegiada RDC 11/2014, que estabelece os padrões de segurança para hemodiálise. A água das retrolagens é compatível com o fim estabelecido para reúso em sanitários e limpezas de pátios.