Viabilidade de reúso de efluente tratado em indústria de galvanoplastia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rocha, Luana Cristina Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181228
Resumo: O aumento da demanda de água para as diversas atividades humanas, associado à alteração da qualidade das águas por fontes poluidoras diversas, dentre elas as indústrias, tem comprometido de forma significativa o potencial de uso dos recursos hídricos, tornando-os escassos em muitas regiões ou requerendo maiores investimentos e novas tecnologias para a sua utilização. O entendimento deste cenário tem subsidiado a adoção de medidas que contemplam os preceitos da sustentabilidade, onde o uso racional e o reúso de águas aparecem como estratégias de grande relevância. Quanto ao reúso de águas, inclui-se a reutilização de efluentes, tratados ou não, para atendimento de usos menos restritivos, favorecendo a conservação da água, bem como preservando o recurso de melhor qualidade para os usos que as requerem. Desta forma, neste trabalho foi avaliada a viabilidade do reúso direto planejado de efluentes, originados em processos de galvanoplastia e submetidos ao tratamento complementar por membrana de osmose reversa, como insumo no processo produtivo de lavagem de peças. O estudo foi desenvolvido em uma indústria localizada em Botucatu, São Paulo, através da operação de uma unidade-piloto de osmose reversa de um estágio, com módulo de membrana tipo enrolada em espiral, sem recirculação. Durante o experimento, para avaliação do desempenho operacional do sistema e da eficiência de remoção de contaminantes, foram realizadas quatro campanhas de coletas, totalizando 173 amostras. O desempenho operacional do sistema de osmose foi avaliado por meio das variáveis: vazão de permeado, vazão de rejeito, fluxo de permeado, taxa de recuperação, pressão de entrada, pH de alimentação e pH do permeado, tendo como principais resultados taxa de recuperação média de 20,99% e pH favorável de operação próximo a 6,50. A eficiência do sistema com relação à remoção de contaminantes foi avaliada através da porcentagem de remoção de sólidos dissolvidos totais em termos de condutividade elétrica, obtendo-se fator de rejeição médio de 96%. Com base no resultado da análise comparativa entre a qualidade do permeado produzido pelo sistema de osmose reversa e o padrão de qualidade exigido para banhos de lavagem de peças, concluiu-se pela viabilidade técnica do reúso do efluente tratado como insumo no processo produtivo. Quanto à viabilidade econômica, os benefícios financeiros seriam atingidos a partir do terceiro ano de operação do sistema. A presença de cloro residual no efluente tratado da linha produtiva 3 inviabilizou seu uso como água de alimentação no sistema de osmose reversa.