A produção do urbano e a (re)produção de desigualdades: a COVID-19 nos assentamentos precários de Curitiba
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Governança Pública
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31335 |
Resumo: | O mundo atualmente vivencia um cenário de incertezas frente às consequências do surgimento do novo Coronavírus (Sars-Cov-2), que, alastrando-se pelo mundo inteiro, ocasionou, em 2020, o início da pandemia da COVID-19. Por ser o Brasil um país reconhecidamente marcado por fortes desigualdades socioespaciais e com sua construção urbana resultando em um espaço excludente, observa-se que a pandemia tem um potencial de impactar de forma diferente os seus diversos territórios, repercutindo dessa forma na possibilidade de uma maior exposição de certa parcela da população a maiores riscos e contingências. Tomando como estudo de caso a cidade de Curitiba, essa pesquisa busca analisar se a COVID-19 atinge de modo desproporcional os territórios marcados por precariedades, principalmente em aspectos de renda, moradia e acesso a serviços públicos. A partir da espacialização dos dados da Secretaria Municipal de Saúde para os casos de contaminação e óbito confirmados pela COVID-19, da análise dos dados socioeconômicos e da territorialização dos assentamentos precários e conjuntos habitacionais da Cidade, se verifica que comparativamente com outras capitais com maiores índices de desigualdades sociais e maiores precariedades, Curitiba, por apresentar melhores indicadores de saúde pública, saneamento e de qualidade dos domicílios, não apresenta de forma discrepante o agravamento da pandemia nos bairros periféricos da Cidade, apesar da concentração de casos. Nesse sentido, o juntamente aos fatores de risco relacionados à moradia, os fatores relacionados à saúde, como a idade, são mais vinculados com a concentração de óbitos e a própria taxa de letalidade da doença, visto que se apresenta uma certa diminuição do contingente de idosos nas áreas periféricas. A pesquisa busca destacar também a importância da qualidade das informações espaciais dos dados coletados, em especial, pelos órgãos públicos de saúde para possibilitar o monitoramento e a ação pública nas áreas mais precarizadas da Cidade para o enfrentamento da pandemia, justamente por considerar sua capacidade de catalisar a transmissão da Doença. |