Representações sociais sobre o direito à cidade e à habitação: um olhar da periferia
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Governança Pública
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4709 |
Resumo: | Esta pesquisa de caráter exploratório e abordagem qualitativa tem como objetivo compreender as representações sociais de moradores de ocupações urbanas em relação ao direito à cidade e à habitação, considerando a moradia como necessidade básica e sua importância para a constituição subjetiva dos indivíduos e grupos. A Teoria das Representações Sociais é utilizada como referencial uma vez que propõe a superação da dicotomia entre indivíduo e sociedade. Deste modo, permite compreensão de um conjunto de saberes socialmente elaborado de maneira processual e dialógica. Para alcançar estas compreensões, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com moradores de ocupações localizadas na região do Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba – CIC, a fim de verificar a trajetória residencial, as relações sociais em torno da questão da moradia e as aspirações dos sujeitos em relação à habitação e à cidade. Estas ocupações se destacam pela quantidade de manifestações em reivindicação ao direito à moradia. A região concentra grande parte das moradias irregulares e da produção habitacional por parte do poder público em Curitiba, e sua história revela o caráter segregacionista da produção do espaço na cidade. A área é caracterizada pela precariedade das condições de habitação, infraestrutura e saneamento, como também pela carência de serviços e equipamentos públicos. Com a análise do conteúdo das entrevistas, distinguiram-se como dimensões de sentido para as representações sociais: a experiência de morar, a lógica da necessidade, moradia digna, percepções quanto ao centro da cidade, perspectivas sobre a desigualdade, poder e convivência, vínculos sociais, preconceitos e estigmas. Para contribuir com a análise, também foi realizada pesquisa teórica sobre os conceitos de produção do espaço e direito à cidade na obra de Henri Lefebvre, bem como as definições de inclusão precária e exclusão na sociedade capitalista. Como conclusão, verificou-se que os moradores percebem sua condição de pobreza e a desigualdade em relação a outras áreas da cidade, mas essa segregação é muitas vezes naturalizada, não se percebendo a atuação dos agentes sociais para a produção desigual do espaço. Contudo, também se notou a mobilização e organização dos moradores para a gestão dos tempos e espaços na dinâmica das ocupações. Sendo assim, percebe-se a coexistência de manifestações de conformismo e resistência, carências e potencialidades no cotidiano dos entrevistados. |