Estudo da degradação do cloridrato de fluoxetina por peróxido de hidrogênio e composto contendo prata coloidal
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Engenharia Civil
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3323 |
Resumo: | Todos os anos, milhares de toneladas de fármacos são descartadas no mundo na forma de efluentes domésticos, industriais e hospitalares, não apenas pelo despejo inadequado de resíduos, mas pela presença destes fármacos na excreção de usuários dos produtos. Por meio de diversos estudos, vem sendo demonstrado o impacto que baixas concentrações destes fármacos no ambiente podem causar aos organismos, além dos corpos aquáticos. Dentre os fármacos que são largamente utilizados no mundo para tratamento de doenças psíquicas, a fluoxetina é o que possui maior representatividade, sendo sua presença também evidente no ambiente. Conforme verificado na bibliografia existente, concentrações deste fármaco puderam ser encontradas em inúmeros casos quando analisadas águas naturais, superficiais e subterrâneas e, nas concentrações encontradas, provocam alterações da vida aquática. Assim sendo, a fim de evitar impactos nos organismos vivos, denota-se que formas de tratamento para estes rejeitos devem ser desenvolvidas para que se possa amenizar o problema. O presente trabalho tem como objetivos estudar o comportamento da fluoxetina em água, avaliado por leitura em espectrofotômetro UVvis, na concentração de 40 mg.L-1 , exposta a diferentes faixas de pH e diferentes processos de degradação realizados em reator GERMETC, com lâmpada UV de 5W, em tempo de exposição de 3 horas. Soluções de fluoxetina foram expostas a combinações de peróxido de hidrogênio a 60 mg.L-1 , prata coloidal a 0,64 mg.L-1 e radiação UV e amostras foram lidas no espectrofotômetro UV-vis em pequenos intervalos de tempo durante as 3 horas de exposição, permitindo análise da evolução da degradação. As amostras expostas aos diversos tratamentos foram submetidas a ensaios toxicológicos segundo a ABNT NBR 12713/2016 (Ecotoxicologia aquática – Toxicologia aguda – Método de ensaio com Daphnias spp) para obtenção dos valores de FTD da solução resultante. Pôde-se observar que houve degradação de fluoxetina quando exposta à radiação UV (22% de redução), indicando atividade quando exposta ao UV, e valor de degradação de 23% quando exposta ao UV na presença de prata coloidal. Quando não exposto à radiação UV, não foi constatada reação significativa do fármaco na presença de peróxido de hidrogênio, na presença de prata ou da combinação dos dois. Quando houve aplicação de radiação UV com de peróxido de hidrogênio, a redução da concentração chegou a 94% e, com a aplicação de radiação com peróxido de hidrogênio e prata coloidal, a redução foi de 92%. Foi encontrado o FTD de 32 para a 1) a fluoxetina na concentração do estudo; 2) para uma amostra que foi armazenada por 5 meses e 3) uma amostra exposta a peróxido de hidrogênio sem radiação UV. Todos os outros ensaios resultaram em aumento na toxicidade para FTD de 128, com exceção da amostra exposta a peróxido de hidrogênio, prata coloidal e radiação UV cujo FTD foi de 64. Constata-se que, por meio deste experimento, mesmo havendo degradação do fármaco, há formação de compostos intermediários que podem ser monitorados com auxílio de um espectrofotômetro e, além disso, estes compostos podem apresentar uma maior toxicidade frente à substância isolada. Como trabalhos futuros, é possível realizar a aplicação no estudo de diferentes concentrações e tempos maiores de exposição, bem como outros Processos Oxidativos Avançados (POAs). |