Qualidade de vida no trabalho de pessoa com deficiência: um estudo de múltiplos casos no setor industrial da cidade de Ponta Grossa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cazini, Janaina
Orientador(a): Frasson, Antonio Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1458
Resumo: O mercado de trabalho e as políticas públicas fazem parte do palco de uma transformação social que está moldando o perfil gerencial das organizações, denominado, processo de integração das pessoas com deficiências no mundo produtivo. Tal movimento, amparado pela “Lei de Cotas” - obriga as organizações, que possuem a partir de 100 funcionários, a contratarem pessoas com deficiência em uma fração progressiva de 2% a 5% - tem no setor industrial a sua maior representação, ao mesmo tempo em que possui um ambiente altamente mecanizado e tecnologicamente inovador. A partir deste cenário, realizou-se uma pesquisa no setor industrial da cidade de Ponta Grossa – PR para mapear os níveis de satisfação das pessoas com deficiência, que estão atuando nesse setor, a partir dos critérios de avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho. Para tanto, o instrumento utilizado nesta pesquisa é o questionário de Qualidade de Vida no Trabalho de Carvalho-Freitas (2007), adaptado dos determinantes estabelecidos por Walton (1973). Esta pesquisa caracteriza-se como aplicada, com objetivos exploratórios em caráter quantitativo - a partir de um estudo de casos múltiplos – em que o instrumento de análise foi aplicado em três organizações industriais, localizadas na cidade de Ponta Grossa – Paraná, dos segmentos: Alimentos e Madeira, todas de grande porte, perfazendo um total de 1693 colaboradores com uma população de 24 colaboradores com deficiência, dos quais 58% (14) são mulheres e 42% (10) homens. O diagnóstico demonstrou que os colaboradores com deficiência, estão satisfeitos com as condições de trabalho, bem como, aos direitos trabalhistas, o equilíbrio trabalho e vida e a relevância do seu trabalho. Um fator que se apresenta como destoante refere-se à falta de oportunidades de crescimento profissional e salarial no seu ambiente produtivo. Além destes resultados, pode-se observar que as estruturas arquitetônicas e tecnológicas não são barreiras no processo de sua inclusão no ambiente produtivo, mas sim, as atitudes das pessoas que não possuem deficiência, devido à falta de sensibilização e conhecimento da realidade da Pessoa com Deficiência, gerando o estigma de que a deficiência suscita incompetência no trabalho.