Os homens e as equipes de trabalho no ambiente produtivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Montanari, Robson Luiz lattes
Orientador(a): Pilatti, Luiz Alberto lattes
Banca de defesa: Marchi Júnior, Wanderley, Oliveira Junior , Constantino Ribeiro de, Francisco, Antonio Carlos de, Pilatti, Luiz Alberto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3627
Resumo: Diante da crescente utilização de equipes no ambiente produtivo, tanto pelas empresas nacionais quanto internacionais, e da constante busca pela produtividade, entender o atual e moderno ambiente produtivo tornou-se fundamental, principalmente porque o trabalho em equipe está intimamente associado aos homens e seus diferentes comportamentos que, por sua vez, são responsáveis pela produtividade organizacional. Considerando que há diferentes performances das equipes no ambiente produtivo, compostas de indivíduos com diferentes comportamentos que caracterizam um modelo de homem, definiu-se a hipótese que permeou o presente estudo: nas equipes com melhor performance há a predominância de um modelo de homem, podendo este modelo ser diferente entre as equipes. Para tanto, foi escolhida para estudo uma indústria que possui gestão por equipes em parte de sua estrutura organizacional. A indústria atua na área de eletrodomésticos no interior do Paraná, localizada na cidade de Pato Branco: Atlas Eletrodomésticos Ltda. A empresa forma uma das maiores indústrias do ramo no país, empregando aproximadamente 1250 trabalhadores, com produção diária de milhares de eletrodomésticos em três estados brasileiros. O procedimento técnico adotado foi o estudo de caso e envolveu a aplicação de entrevistas semi-estruturada, observações não participantes e a aplicação de três questionários para uma população composta de 130 membros de equipes. O primeiro questionário foi a escala de maturidades de Dyer (1995) e teve como objetivo apurar a maturidade das equipes para identificar na curva de desempenho as equipes de Katzenbach e Smith (1994); o segundo questionário foi desenvolvido pelos pesquisadores desta pesquisa e teve como objetivo apurar o modelo de homem que cada membro de equipe representa; e o terceiro questionário continha a escala de prontidão ou maturidade de Hersey e Blanchard (1986) e teve como objetivo apurar a maturidade individual dos membros das equipes. Foram identificados e mapeados pelo menos trinta e sete grupos ou equipes de trabalho, dos quais dezenove não se enquadravam na definição de equipe adotada para o presente estudo. Os resultados com a escala de Dyer (1995) evidenciam que as dezoito equipes mapeadas apresentam um alto grau de maturidade classificando cinco equipes em potencial e treze equipes reais ou verdadeiras, das quais duas foram caracterizadas como equipes de alta performance. Os resultados com o segundo questionário mostrou que os modelos de homem estão distribuídos nas equipes com as mais diversas formações retratando todos os modelos de homem que o instrumento desenvolvido pelos pesquisadores se propôs a mapear. Os resultados com a escala de prontidão ou de maturidade de Hersey e Blanchard (1986) mostraram que os membros das equipes mapeadas possuem, em linhas gerais, um alto grau de maturidade em relação à sua habilidade e disposição ao desempenhar presentemente a sua principal tarefa no trabalho. Os resultados da correlação modelo de homem X maturidade do indivíduo mostraram que a maturidade individual não está associada aos comportamentos de um determinado modelo de homem. Do homem econômico ao complexo, a distribuição das maturidades não se apresentou de modo uniforme, como apresentado por Hersey e Blanchard (1986). Os resultados da correlação modelos de homem X maturidade das equipes evidenciaram que a hipótese que permeou a pesquisa é válida, pois nas equipes em que há a predominância de um modelo de homem, a performance da equipe tende a ser maior. Sob a ótica de Norbert Elias, os resultados obtidos nas equipes em estudo mostraram que quando há menos níveis multipessoais, menos membros com comportamentos diferentes, as relações de interdependências tendem a se estabelecer com mais qualidade, criando uma identidade na equipe e favorecendo o seu desempenho no ambiente produtivo.