Avaliação dos efeitos da contaminação de cobre no solo sobre Mentha crispa L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Boldarini, Maria Theresa Bettin lattes
Orientador(a): Silva, Alessandra Furtado da lattes
Banca de defesa: Silva, Alessandra Furtado da, Gonçalves, Morgana Suszek, Dias, Lúcia Felicidade
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Apucarana
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2259
Resumo: O estudo realizado neste trabalho visou avaliar os efeitos causados na Menta crispa L., cultivada em solos contaminados com doses crescentes de cobre. O experimento foi realizado com oito concentrações diferentes de cobre em cinco replicatas, totalizando 40 amostras. Realizou-se o estudo sob condições naturais de luz e temperatura, em casa de vegetação no intervalo de julho a setembro de 2016, respeitando o período de 120 dias de crescimento da Mentha crispa L. Foram realizadas análises físicas e químicas do solo, caracterizando-o como Latossolo Vermelho Distroférrico, e foi determinada a capacidade máxima de adsorção de cobre (529,03 mg kg-1) no solo a partir da Isoterma de Freundlich. A partir da capacidade máxima, foram definidas as concentrações de cobre utilizadas no experimento, de C0 a C7, sendo C0 sem adição de cobre (controle), C1 com 1/8 da capacidade máxima, C2 com 1/6, C3 com 1/4, C4 com 1/2, C5 capacidade máxima, C6 o dobro e C7 o quádruplo. Durante o período determinado para o experimento foram realizadas contagens quinzenais do número de folhas e brotos, assim como a medição do comprimento da planta e a sintomatologia visual. Passado este período a planta foi retirada do recipiente, devidamente limpa e seca, seguindo para preparação e digestão das amostras. Realizou-se a determinação de cobre usando um espectrômetro de absorção atômica com atomização em forno de grafite, com correção de fundo baseado no efeito Zeeman e auxílio de modificador permanente (Paládio). Foram calculados os fatores de Bioacumulação e Translocação para cobre na Mentha crispa L e foram realizadas análises estatísticas ANOVA e MANOVA para análise e validação dos resultados encontrados. Observou-se durante o período de cultivo os efeitos como clorose e diminuição no crescimento da planta, nas concentrações mais altas de cobre. A redução no crescimento em relação ao controle variou de 20 a 25%; a diminuição no número de brotos e folhas chegou a 40% para C7 para ambos os parâmetros. Considerando a concentração do metal na menta, este se acumula principalmente nas raízes, sendo aproximadamente 6 vezes maior em C6 e C7 do que no controle (C0). Para os fatores de bioacumulação e translocação, os valores encontrados foram menores que 1, o que caracteriza a planta como sendo tolerante ao metal e mostrando que o mesmo fica retido na raiz. Nas maiores concentrações, C6 e C7, o acúmulo médio do metal foi de 235 mg.kg-1, valor muito superior ao considerado tóxico pelos padrões europeus de limite seguro de concentração de cobre em solo (140 mg.kg-1). Os resultados apresentados indicam fortemente o potencial da Mentha crispa L. como planta fitoestabilizadora, podendo ser utilizada como opção para a retirada do excesso de Cu do solo, fato que pode ser de suma importância às lavouras e o desenvolvimento das plantas em geral.