Avaliação do desenvolvimento de Mentha crispa L. em solo contaminado com cádmio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Zemiani, Adriana lattes
Orientador(a): Silva, Alessandra Furtado da lattes
Banca de defesa: Silva, Alessandra Furtado da, Dias, Lúcia Felicidade, Gonçalves, Morgana Suszek
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Apucarana
Londrina
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2262
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de Mentha crispa L. (Hortelã Jardim) em um solo contaminado com diferentes concentrações de Cd. O delineamento experimental foi feito em cinco repetições, distribuído em oito tratamentos (C0(controle), C1(1,15 g.kg-1), C2(1,53 g.kg-1), C3(2,30 g.kg-1), C4(4,60 g.kg-1), C5(9,21 g.kg-1), C6(18,25 g.kg-1) e C7(36,87 g.kg-1)). O tratamento C5 usou a concentração máxima de metal absorvido pelo solo, determinado pela isoterma de adsorção usando o modelo de Langmuir. As plantas foram cultivadas durante 120 dias, no período de junho a agosto de 2016, e a cada 15 dias foram coletados dados como altura, número de folhas e número de brotos. Foram feitos registros para avaliação da sintomatologia visual observando o comportamento da planta em cada tratamento ao longo do período de experimento. Ao final do tratamento as plantas foram coletadas e separadas em três partes (folhas, caule e raiz) e submetidas à digestão ácida assistida por micro-ondas para determinação de cádmio através da Espectrometria de Absorção Atômica. Observou-se que a altura, número de brotos e número de folhas diminuíram conforme aumentavam as concentrações de Cd nos tratamentos. Sintomas da toxicidade do Cd foram observados nas plantas, como: clorose, envergamento da folha e murchamento. As plantas do tratamento C6 e C7 morreram com 48 horas em contato com solo contaminado. Considerando a quantidade total de cádmio absorvida pela planta, a maior parte foi retida pelas raízes e uma parte insignificante foi translocada para a parte aérea (caule e folhas). O fator de bioacumulação calculado em todos os tratamentos foi maior que um, indicando que a planta é capaz de acumular Cd. O fator de translocação da planta foi menor que um em todos os tratamentos, demonstrando que apesar de a Mentha crispa L. acumular Cd, ela não pode ser classificada como hiperacumuladora e sim como Fitoestabilizadora. Portanto, a Mentha crispa L. pode ser usada para imobilizar o metal em locais contaminados. O fato do metal praticamente não ter sido translocado para a parte aérea pode ser um ponto favorável na escolha da planta para ser usada na fitorremediação, já que a Mentha crispa L., do ponto de vista econômico, pode ter valor agregado na extração do óleo essencial que é produzido pelas folhas.