Risco à saúde atribuído à poluição do ar e variáveis meteorológicas na região metropolitana de Curitiba
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1907 |
Resumo: | Este trabalho visou determinar o risco atribuído à saúde da população pela exposição à poluição do ar e variáveis meteorológicas na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e com maior ênfase nas cidades de Araucária e Curitiba, no período de 2010 a 2014, nas faixas etárias de 0 a 9 anos, 10 a 19, 20 a 64, maiores de 64 anos e para todas as faixas etárias incluídas. Curitiba e Araucária são os maiores polos populacional e industrial do estado, respectivamente, com predominância de distintas fontes de emissão de poluentes. Neste estudo foi investigada as associações da qualidade do ar e variáveis meteorológicas com doenças circulatórias e respiratórias, calculado o Risco Relativo (RR) e o risco atribuído a saúde pelas concentrações de MP10 e O3. Os resultados indicaram que o modelo com distribuição Binomial Negativa foi o mais adequado aos dados e utilizado diferentemente da maioria dos estudos que usam Poisson. A partir dos coeficientes obtidos no modelo de regressão, foram calculados o risco relativo e o risco atribuído causados pelos poluentes do ar. O melhor ajuste de modelo (resíduo de Pearson mais próximo a um), se encontrou para o grupo de idosos com mais de 64 anos, em Araucária, para doenças circulatórias devido às concentrações de CO, e para internações respiratórias devido aos poluentes O3, SO2 e T-Tm, que é a temperatura diária menos a temperatura média de 2010 a 2014. Em Curitiba, o melhor ajuste ocorreu para o grupo com todas as faixas etárias para internações circulatórias devido ao MP10, e o grupo de 20 a 64 anos para internações respiratórias, para CO, O3 e T-Tm. As defasagens mais importantes ocorreram entre 3 a 7 dias após a exposição aos poluentes atmosféricos. Em Araucária, o RR mais significativo estatisticamente para internações circulatórias foi de 1,44635 em maiores de 64 anos para CO, e nas internações respiratórias foi de 2,4128 encontrado na faixa etária de 10 a 19 anos, também para o CO. Em Curitiba o RR mais significativo ocorreu para internações por doenças respiratórias com valor de 1,00315 na faixa de 0 a 9 anos para o MP10, de 1,14881 na faixa de 20 a 64 anos para CO, de 1,00329 entre 20 a 64 anos para O3, e de 1,13886 para maiores de 64 anos devido ao CO. Foram associadas 112 e 97 internações devido ao MP10, por doenças circulatórias e respiratórias na RMC no período de 2010 a 2014. Foram associadas 67 internações respiratórias, devido ao O3. Com a estimação destes valores, é possível avaliar o impacto que a poluição do ar na RMC representa para a saúde pública e que poderiam ser evitados e direcionados na prevenção dos efeitos adversos à saúde da população, na implantação de políticas e normas reguladoras para diminuição da emissão e concentração dos poluentes atmosféricos. |