Estudo da relação da qualidade do ar e variáveis meteorológicas na ocorrência de morbidade respiratória e circulatória na região metropolitana de São Paulo
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Londrina |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1384 |
Resumo: | O objetivo principal do presente trabalho foi avaliar a relação entre a poluição atmosférica e a saúde humana, tendo como foco a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Com uma população de 20 milhões de habitantes e inúmeras fontes de poluentes atmosféricos, onde os veículos automotores são destaque, os níveis de poluição são elevados e têm contribuído com a redução da qualidade de vida da população. Neste sentido, o estudo investigou a associação entre a qualidade do ar, as variáveis meteorológicas e a morbidade hospitalar, determinou as despesas com internações hospitalares relacionadas à poluição do ar e determinou o risco atribuível as concentrações dos poluentes O3 e MP10. Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizada uma base de dados de qualidade do ar e meteorológicos, do período de 2008 à 2011, fornecidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP) e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Foi dada maior ênfase na relação da saúde com as concentrações de O3, MP10, NO2 e condições meteorológicas. Dados mensais da rede pública de saúde de admissões hospitalares por doenças respiratórias e circulatórias para diferentes faixa etárias para RMSP foram obtidas através da base de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Através do uso do software R (versão 3.0.1) foi aplicada a metodologia de Modelos Lineares Generalizados com distribuição de Poisson, entre outras, de modo a verificar a existência de relação entre as variáveis em estudo. Os resultados indicaram a distribuição de probabilidade Binomial Negativa como mais adequada ao conjunto de dados e, através desta foi evidenciada associações entre O3, MP10, NO2, temperatura, umidade e as internações por doenças respiratórias e circulatórias. Da análise do risco atribuível, verificou-se que os poluentes O3 e MP10 estão principalmente associados a ocorrência de internações por doenças respiratórias e, que houve um aumento destas ao longo do período analisado. As cidades de São Paulo, Guarulhos e São Bernardo do Campo apresentaram os maiores números de internações associadas aos poluentes. As despesas hospitalares associadas ao O3 e MP10 chegaram a cerca de R$ 35 milhões entre 2008 e 2011. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir no aprofundamento do conhecimento sobre a relação entre saúde e poluição do ar, possibilitem a avaliação de impacto de cenários climáticos futuros na saúde e, também, servir como um alerta aos efeitos deletérios à saúde humana na RMSP. |