As representações discursivas da tecnologia e do trabalho nas narrativas publicitárias: vídeos de produtos e serviços

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tafarelo, Silvia Cristina
Orientador(a): Fanini, Angela Maria Rubel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/485
Resumo: O objetivo do presente estudo é analisar as representações discursivas verbais e imagéticas das narrativas tecnológicas em cinco peças publicitárias de produtos e serviços, perscrutando os posicionamentos constantes nos discursos acerca de tecnologia e trabalho. Esta pesquisa considera a centralidade do trabalho em suas dimensões ontológica e histórica. Analisa os discursos sobre a tecnologia e o trabalho presentes em peças publicitárias contemporâneas Viagem - KIN – Roadtrip; TIMnet.com; Oi – Mundo Velox; Roundup - Controle Total e Mitsubishi – Encontro. Todas são em formato audiovisual veiculadas no início do século XXI. A fundamentação teórica utilizada foi buscada em Karl Marx (1988), Friedrich Engels (1977), Herbert Marcuse (1999), Richard Sennett (2009), Jean Baudrillard (2010), Walter Benjamin (2009), Mikhail Bakhtin (2010), Nicolau Sevcenko (2001), Sandra Jatahy Pesavento (1997), Francisco Foot Hardman (1988), Maria Eduarda da Mota Rocha (2010), entre outros autores. Como resultados desta pesquisa, pode-se perceber, a partir da análise das peças publicitárias, que a linguagem publicitária apresenta-se como instrumento de imposição capitalista de modo de vida, pois traz intrinsecamente a ideologia da base material de que é oriunda. Podem-se perceber, nos conteúdos dos vídeos analisados, posicionamentos ideológicos acerca da tecnologia e trabalho como a flexibilização das relações de trabalho; o desdém com o trabalho e com a história passada; os padrões da individualidade que determinam modos de vida; o poder tecnológico como poder social que pode ser transferido pelo consumo; o homem se sobrepondo à natureza, mesmo que isso traga consequências; a autonomia da tecnologia, entre outras marcas de uma visão da classe dominante desta época. Esta pesquisa assinala para a possibilidade da publicidade, nos moldes atuais, impor a homogeneização de condutas e valores nesse sistema e servir como sustentáculo ideológico para os segmentos da classe dominante do capitalismo.