Extratos de canola no controle de botrytis cinerea in vitro e do mofo cinzento em pós-colheita de morangos
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/754 |
Resumo: | O mofo cinzento é causado pelo fungo Botrytis cinerea (Pers.: Fr.), causador de grandes perdas econômicas em várias culturas. Este patógeno é de difícil controle, devido à ampla gama de hospedeiros, sua atividade saprófita e por formar estruturas de resistência (escleródios). Uma das formas de controle deste patógeno é a utilização de produtos químicos, no entanto, principalmente na pós-colheita de frutos, a tolerância por resíduos químicos nos alimentos, é cada vez menos desejável do ponto de vista ecológico e de saúde pública. Os tratamentos alternativos, como a utilização de extratos de plantas, vêm sendo pesquisados na fitopatologia, para reduzir o uso dos fungicidas sintéticos. A canola (Brassica napus) é uma planta que possui compostos biocidas, com potencial de controle de pragas e doenças. Este trabalho teve como objetivos avaliar o efeito de diferentes extratos da canola (alcoólico, macerado, aquoso sem tempo de reserva e infusão) no controle de Botrytis cinerea in vitro e em pós-colheita de morangos. Foram realizados dois experimentos in vitro, sendo um para avaliar o crescimento micelial e outro a germinação de conídios. O delineamento experimental para os dois experimentos foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 5, sendo o fator modos de extração de extratos e concentrações (0, 3, 6, 9 e 12%), em 4 repetições. No ensaio de crescimento micelial, a unidade experimental foi uma placa de Petri, e um tubo de ensaio no teste de germinação de conídios. Em pós-colheita foram testados os quatro tipos de extratos na concentração de 16%. O delineamento foi inteiramente casualizado, com 4 repetições por tratamento, sendo a parcela composta por 10 frutos/bandeja. Os parâmetros físico-quimicos avaliados foram podridões, perda de massa, firmeza de polpa e acidez titulável. As análises bioquímicas avaliadas foram proteínas totais, antocianinas e flavonóides, e a atividade da enzima fenilalanina amônia-liase (FAL) e peroxidases. Os resultados obtidos permitiram concluir que houve redução do crescimento micelial e da germinação de conídios, em função das concentrações, mas não ocorreram diferenças entre os extratos. A maior eficiência dos extratos ocorreu na concentração de 8,31%, na avaliação com 96horas. Para a germinação o comportamento foi linear decrescente, ou seja, o aumento das concentrações influenciou na menor germinação dos conídios. Os extratos: alcoólico, maceração e infusão reduziram as podridões causadas por B. cinerea em pós-colheita de morangos. Os extratos atuaram na alteração do teor de acidez dos frutos, e no comportamento das peroxidases, mas não apresentaram efeito sobre sólidos solúveis totais (SST), firmeza de polpa, perda de massa, antocianinas, flavonoides,e atividade da FAL. Os resultados obtidos neste trabalho, comprovam o potencial da canola no controle do mofo cinzento em pós-colheita de morangos, bem como do fungo Botrytis cinerea. |