A baropodometria como método de avaliação da distribuição da pressão plantar e estabilometria em portadores de doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gimenez, Francieli Vanessa lattes
Orientador(a): Stadnik, Adriana Maria Wan lattes
Banca de defesa: Stadnik, Adriana Maria Wan lattes, Setti, João Antônio Palma lattes, Lozovey, João Carlos do Amaral lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4642
Resumo: Introdução: Considerada como uma doença do movimento, a Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico progressivo e degenerativo que predispõe a danos irreversíveis ao sistema nervoso central, devido a falência dos neurônios dopaminérgicos, gerando disfunções motoras incapacitantes. Os acometimentos motores evidenciam o equilíbrio e a lentidão da marcha como característica marcante. Neste sentido, a baropodometria apresenta-se como uma técnica de exame confiável, utilizada no diagnóstico das oscilações corporais estática e dinamicamente, bem como as pressões exercidas pelo pé. Objetivo: Investigar os distúrbios da distribuição das pressões plantares e da oscilação corporal dos portadores de DP em comparação a sujeitos hígidos por meio do exame de baropodometria e estabilometria. Métodos: Foram avaliados 200 participantes divididos em 100 portadores da DP entre os estágios da doença (Hoehn e Yahr Modificada 1,5 a 3,0) e 100 hígidos. Os participantes foram avaliados quanto as pressões plantares na postura estática com olhos abertos e fechados para determinar o ponto de maior pressão e na estabilometria para avaliar os deslocamentos no eixo ânteo-posterior (AP) e médio-lateral (ML), bem como a distância do centro de pressão (CoP) e velocidade do deslocamento corporal, e na postura dinâmica para definir o tempo de contato com os pés durante a marcha. Resultados: Não houve diferenças significativas nas variáveis oscilação corporal no eixo AP e ML. Houve diferença estatística no deslocamento de CoP e velocidade de oscilação corporal entre os grupos e entre o estágio 1,5 para o 3,0 considerando p<0,05. Observou-se maior pressão plantar na fase 3 do passo na região de antepé no grupo DP e diferença estatística no tempo de contato, na qual o grupo DP permaneceu mais tempo em contato com o solo. Conclusão: Os participantes com DP apresentaram maiores distâncias do CoP e maior velocidade de oscilação corporal, maior pressão em região de antepé e um tempo de contato ao solo durante a marcha maior do que indivíduos hígidos na mesma faixa etária. Observou-se que essas instabilidades ficam mais evidentes com o avançar da doença. Recomenda-se intervenções precoces no sentido de atenuar os sintomas da doença.