Às Margens do Tejo e do Prata: confluências entre Saramago e Onetti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carniel, Lucas Sidnei lattes
Orientador(a): Fioruci, Wellington Ricardo lattes
Banca de defesa: Dantas, Gregorio Foganholi lattes, Ruffini, Mirian lattes, Fioruci, Wellington Ricardo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4923
Resumo: Neste trabalho, analisaremos, a partir da perspectiva da Literatura Comparada, os romances Dejemos Hablar al Viento (1979), de Juan Carlos Onetti, e Manual de Pintura e Caligrafia (1977), de José Saramago. Partimos do pressuposto de que seus protagonistas, Medina e H, funcionam como alter-ego de seus criadores. Sabemos que tanto Onetti quanto Saramago produziram novelas calcadas em temáticas existencialistas e, assim, analisamos as reflexões, escritos e atitudes das personagens como se fossem extensão do pensamento dos romancistas. H. e Medina, ambos pintores, são seres entremeados por reflexões a respeito de suas ideologias e da forma como vivem/ representam o mundo. No caso de Medina, o exílio de Santa Maria em Lavanda; de H., a Europa da década de 1970, incluindo a Ditadura de Salazar em Portugal. Estas impressões são registradas por meio da pintura e/ou produções escritas dos dois personagens. Por fim, pretendemos traçar um paralelo entre ambos os textos de forma que, além da coincidência temporal - afinal, foram publicados em datas muito próximas - outro aspecto que os une é o processo muito similar de produção escrita no qual ficção e realidade estão sob uma mesma óptica. Para contribuir com esta pesquisa, trazemos teóricos da Literatura Comparada, tais como Carvalhal (2006) e Coutinho (2003), e também escritores que fazem parte da crítica especializada do autor uruguaio, como Ainsa (1970), Menton (1993), Pinto (2012), Prego (1986) e Verani (1989) e do autor português, Arnaut (2002), Reis (2007) e Costa (1998).