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Aplicação de extratos vegetais em filmes poliméricos para sistema de empacotamento inteligente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pawlak, Chalissa lattes
Orientador(a): Tiuman, Tatiana Shioji lattes
Banca de defesa: Tiuman, Tatiana Shioji lattes, Hasan, Salah Din Mahmud lattes, Zara, Ricardo Fiori lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Toledo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Químicos e Biotecnológicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Uva
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/31182
Resumo: A erva-mate e o bagaço de uva possuem propriedades antioxidantes naturais, como os compostos fenólicos. Além disso, o bagaço de uva apresenta uma mistura de compostos, as antocianinas, que apresentam variações de cor em diferentes condições de pH. Considerando que a indústria de alimentos possui grande interesse na produção de embalagens ativas e inteligentes, o objetivo deste trabalho foi produzir e caracterizar um filme à base de amido enriquecido com extrato de bagaço de uva e de extrato de erva-mate e aplicar em modelos para avaliar a eficiência. Primeiramente, os extratos foram produzidos em sonicador de ponteira ultrassônico utilizando as amostras de erva-mate e bagaço de uva moídas. Foram realizadas suas caracterizações quanto à atividade antioxidante, compostos fenólicos totais (CFT) e atividade antimicrobiana. Além disso, os extratos de bagaço de uva foram quantificados em relação ao seu teor de antocianinas. Foram obtidos resultados de compostos fenólicos totais de 94,91±7,28 mg EAG g amostra-1 para extrato de erva-mate, e de antocianinas de 9,82 ± 0,35 mg eq cianidina-3-glicosídio g-1 amostra para o extrato de bagaço de uva,), indicando uma possibilidade para aplicação em embalagens ativas. O extrato de erva-mate foi eficaz em inibir o desenvolvimento de algumas bactérias como a Escherichia coli, Bacillus cereus, Salmonella enterica e Staphylococcus aureus. Desta forma, estes extratos foram incorporados em biofilmes de amido. Após a incorporação dos extratos no filme, foram analisados os parâmetros de espessura, solubilidade em água, teor de umidade, permeabilidade ao vapor e índice de intumescimento, de modo que se observou aumento significativo nos dois primeiros de 0,09 ± 0,00 para 0,10 ± 0,00 mm e de 32,15 ± 2,02 a 38,64 ± 3,26 %, respectivamente. A adição dos extratos provocou uma redução significativa na tensão máxima de ruptura e no módulo de elasticidade, de 18,35 ± 0,21 para 11,66 ± 2,19 MPa e de 4,97 ± 0,01 a 3,28 ± 0,29 MPa, respectivamente. A variação de cor dos filmes foi visivelmente observada em diferentes pH, assim como houve a liberação de compostos fenólicos totais em três simuladores de alimentos, indicando que o filme pode retardar processos oxidativos. O filme também foi avaliado por um teste utilizando-se o leite como amostra e observou-se uma evidente alteração na coloração no período de sete dias. Desta forma, este estudo mostrou o potencial de um biofilme de amido incorporado com extratos naturais como embalagem antioxidante e indicador biológico de pH em alimentos.